sábado, 26 de setembro de 2009

Fraternidade no lixo!

Outro dia assisti ao filme O Enigma do Colar (leia aqui, trailer aqui).

Impressionante! Fantástico! Não sei como jamais me ensinaram sobre O Colar da Rainha (Maria Antonieta) na escola, sendo que também nunca encontrei essa passagem nos livros comuns de História. Eu a fiquei conhecendo por meio do filme e, depois, pelo que encontrei na Internet.

Como se pode verificar, foi logo após esse espetacular incidente que ocorreu a Revolução Francesa (veja esta cronologia).

E foi no dia 26 de agosto de 1789 que alguns deputados franceses redigiram, na residência do então embaixador americano, Thomas Jefferson, a primeira constituição da República Francesa, quando é adotada como "princípios universais" a frase, atribuída a Jean-Jacques Rousseau, "liberdade, igualdade e fraternidade".

De lá para cá, esses três princípios continuam a ser discutidos, especialmente na sua inter-relação, isto é, na compatibilidade entre um princípio e outro.



Quando criança, eu tinha um professor que era altamente politizado, sendo que ele se auto-denominava como sendo "extremamente de esquerda". Esse professor sempre nos mostrava, com orgulho, álbuns de fotografias em que ele aparecia empunhando bandeiras vermelhas com o rosto do Che Guevara estampado ao centro das mesmas, em movimentos revolucionários de diferentes países.

Há muito tempo, portanto, escuto sobre "esquerda" e "direita", mas posso afirmar que nunca esses termos, de fato, me agradaram.

Foi mais recentemente que ouvi um discurso lúcido e corajoso sobre o assunto, proferido por Bento XVI durante a sua visita ao Brasil, dizendo que "tanto o socialismo quanto o capitalismo, falharam".

De fato! Se analisarmos hoje o lema da revolução francesa (os "princípios universais"), concluiremos que o capitalismo enalteceu a liberdade em detrimento da igualdade, sendo que o socialismo valorizou a igualdade, porém pisoteou a liberdade.

Bento XVI está certo: os dois sistemas possuem falhas. E vejo que, muito provavelmente, essas falhas se devem ao fato de que, tanto em um quanto em outro sistema, jogou-se a fraternidade no lixo!


Mal maior, mal menor

Há cerca de 3 semanas, peguei o famigerado H1N1.

Como se não bastasse a febre alta e as dores no corpo, logo vieram os efeitos colaterais do Tamiflu.

Com respeito a isso, fiquei pensando que uma pessoa torna-se suicida, porque ela tenta evitar passar por uma situação (desilusão amorosa, falência, etc.) que ela presume ser um mal maior (do que a própria morte).

E esta é a razão dela se matar.

O Tamiflu é exatamente o oposto: um mal menor (efeitos colateriais), em comoparação com o mal maior (a morte) que o H1N1 pode causar.

E esta é a razão de nós (gripados, não suicidas) tomarmos o Tamiflu.


Definição


Em geral, "guru" é uma pessoa que fala o óbvio, escreve o óbvio e (o que vou escrever a seguir não é nem um pouco óbvio), ganha com isso rios de dinheiro.


Tentativa e erro


No meu tempo de "piá" (como se fala em Curitiba), a Administração era um curso superior considerado "secundário", pois em geral era freqüentado por quem havia tentado o vestibular de Engenharia, e não passado. Essas pessoas faziam, então, o curso de Administração como "segunda opção".

De lá para cá, as coisas mudaram bastante. Os termos "marketing" e "gestão" entraram na moda e a Administração subiu muito de posto, sendo que hoje é desenvolvida, no mundo todo, uma infinidade de trabalhos verdadeiramente científicos nessa área.

Sim, a Administração ganhou status de "ciência", passando a ser tão intrincada e complexa como as demais. No entanto, curiosamente muitas pessoas ainda pensam que administrar é algo banal e que depende simplesmente da intuição e do bom senso. E é aí que reside o perigo.

Sabemos que, para gerir uma empresa (ou departamento, ou divisão, ou projeto), não é preciso que o profissional seja um administrador diplomado. No entanto, entendo que tanto os gestores, quanto as empresas, precisam se empenhar para que os profissionais conheçam o estado da arte da Administração, pois há muitos conhecimentos extremamente importantes e úteis, sendo desenvolvidos e disponibilizados nessa área, e que, certamente, devem ser utilizados nas organizações.

Um gestor competente, hoje,
precisa ter conhecimentos tanto de
marketing (mercado), economia, estatística, lógica...
Quanto de filosofia, antropologia, psicologia, sociologia...

Mas isso não é o que normalmente se encontra por aí. Muitos gestores são, por exemplo, engenheiros que passaram a vida toda se especializando em assuntos técnicos, sendo que, de repente, por uma "necessidade" de que uma determinada posição gerencial seja preenchida, ou por alguma influência pessoal (política, ou "de coleguismo"), essa pessoa passa a "administrar", não tendo o mínimo conhecimento para tal. E aí, ao ver-se "sem alternativas", ela acaba aprendendo na tentativa e no erro. Mas pergunto: as empresas de hoje, altamente competitivas, podem se dar ao luxo de terem gestores que simplesmente aprendam "na tentativa e erro"?

Peter Senge formalizou um conceito que é certamente bastante lógico e evidente: o das "empresas que aprendem". No meu entendimento, não há dúvida de que tal coisa é essencial para todo o funcionário, em especial para aqueles que estão (ou que desejam estar) em posições gerenciais!

Isso é mesmo "evidente"?

Então, por que é tão pouco praticado?!!!


sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Gurus


Clique e ouça até o fim.


quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Não é por acaso que os livros dele eram lidos por Hitler!

Na obra "Assim falava Zaratustra", Nietzche exprime seu pensamento de que os verdadeiros líderes em uma organização deveriam ser como "super-homens" e ter a liberdade para agirem com crueldade, se julgassem isso necessário para que as metas estabelecidas fossem alcançadas.

Para Nietzche, o importante é o resultado, sendo que as pessoas devem ser apenas "o recurso", "o meio", a "massa de manobra" para se atingir as metas.

Curioso é o fato de o Nietzche ter ficado famoso, posto que foi claramente um alucinado e que, comprovadamente, só escrevia sob o efeito de drogas pesadas.

Gestores centralizadores

Há quem alegue que muitos gestores com estilo centralizador conseguiram feitos espetaculares em termos de resultados. Isso até pode ser verdade; entretanto, é certo que ao mesmo tempo eles destruíram a moral de suas equipes. E, como resultado, quando esses gestores se aposentaram, os seus funcionáros nunca mais conseguiram se sobressair (pois foram, a vida toda, cruelmente abafados pela sua chefia).

O fato é que, se você já teve o "privilégio" de trabalhar com um gerente centralizador, certamente sabe bem o que é se sentir irrelevante. E então eu lhe pergunto: como é que alguém pode ser feliz e motivado, sentindo-se irrelevante?

Entendo que uma função gerencial importantíssima é fazer com que os gerenciados sintam-se que estão trabalhando, para uma causa, COM o gerente (e não PARA ele). E isso é fundamental para que se mantenha alta a moral, a motivação e o comprometimento da equipe.

Na verdade, poucas coisas são mais importantes para o funcionário do que a liberdade para criar e para poder utilizar ao máximo o seu potencial.

O gestor que castra alguma dessas coisas demonstra egoísmo, maldade e ignorância.

Pesquisa mostra grau de dependência a telefones celulares


O seu celular é como uma parte de seu corpo? Uma pesquisa global mostra que a maioria das pessoas não pode viver sem seu telefone móvel, nunca saem de casa sem ele e, se pudessem escolher, prefeririam perder a carteira ao aparelho telefônico.

Chamando os celulares de "controle remotos" para a vida, um estudo da empresa de pesquisa de mercado Synovate diz que o celular é tão onipresente que até o ano passado havia mais pessoas com um aparelho no mundo do que pessoas sem algum.

Cerca de 75 por cento dos mais de 8.000 entrevistados online em 11 países afirmaram que levam o celular para todos os lugares onde vão, sendo os russos e cingapurianos os mais ligados ao aparelho.

Mais de 30 por cento também disseram que não poderiam viver sem os celulares, com destaque para os taiwaneses e novamente cingapurianos, enquanto 25 por cento acham que é mais difícil substituir o celular do que uma bolsa.

Cerca de 60 por cento dos entrevistados dormem com o celular por perto e não são capazes de desligá-los, mesmo quando querem, porque têm medo de "perder alguma coisa".

"Os celulares nos dão segurança e acesso instantâneo à informação. Eles são a ferramenta número um de comunicação para nós, algumas vezes superando a comunicação pessoal. Eles são nossas conexões com nossas vidas", afirmou o diretor gerente da Synovate's em Taiwan, Jenny Chang.

Os telefones celulares também mudaram a natureza das relações, com o estudo mostrando que aproximadamente metade das pessoas usam SMS para flertar. Vinte por cento combinam o primeiro encontro via mensagens de texto, e quase o mesmo número de indivíduos utilizam do mesmo método para terminar um relacionamento.

Além do óbvio SMS e das chamadas telefônicas, as três funcionalidades mais usadas regularmente nos telefones móveis no mundo são o despertador, câmera e jogos.

Quanto ao e-mail e acesso a Internet, 17 por cento dos entrevistados disseram checar suas caixas de entrada ou navegam na rede via celular, principalmente os norte-americanos e britânicos.

Um em cada dez usam sites de relacionamento como Facebook e MySpace regularmente pelo celular, novamente com destaque para britânicos e norte-americanos.

Mas nem todos são entendidos em tecnologia: 37 por cento das pessoas entrevistadas afirmaram não saber usar todas as funções do aparelho que possuem.

A pesquisa foi feita em junho de 2009 no Canadá, Dinamarca, França, Malásia, Holanda, Filipinas, Rússia, Cingapura, Taiwan, Grã-Bretanha e Estados Unidos.

(Via Reuters/Brasil Online - Por Miral Fahmy)

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Palavras sobre as palavras

As palavras muitas vezes atrapalham, sendo sempre bastante difícil que as elas reflitam, com exatidão, toda a riqueza dos nossos pensamentos e das nossas emoções. Isso explica porque, freqüentemente, ficamos "girando" em torno delas. Tal fenômeno não ocorreria se fosse fácil a expressão das idéias através de palavras, quando o entendimento poderia ficar estabelecido muito mais rapidamente.

Penso que em várias ocasiões, por não colocamos a devida quantidade de "vírgulas" no entendimento das palavras, paramos com o raciocínio no "meio" do caminho, e assim não podemos enxergar além, nas entrelinhas, nem sob a ótica do pensamento que o emissor desejou expressar. Adicionalmente, em diversas ocasiões damos mais importância à grafia do texto, ou à forma e ao tom com que ele é dito, ou à linguística propriamente dita, do que à reflexão que deveríamos fazer para chegarmos ao significado pretendido.


Um outro aspecto, sobre o mesmo assunto:

Às vezes nós falamos sem pensar. Mas você já tentou fazer o contrário: pensar sem o uso de palavras? Pois acredite: isso é plenamente possível! Uma criança, antes de aprender a falar, pensa. E um adulto que tenha sido criado sem contato humano (como o Tarzã, por exemplo), obviamente pensa. O pensamento é feito com base em imagens mentais.
E o pensar, sem falar, é um ótimo exercício!

Tente também rezar, sem se valer de palavras. Este é um estágio bastante elevado de oração (em relação à oração que é falada ou pensada por meio de palavras). Você simplesmente permanece em SILÊNCIO, apenas CONTEMPLANDO Deus, em uma disposição de GRATIDÃO e de ENTREGA. Posso garantir: tal experiência pode ser difícil no início, mas é quando a pessoa se encontra mais próxima do Criador, pois não haverá mais nada (nem palavras) entre ela e Ele.




ROWE - o sonho de muitos!


Você já imaginou um ambiente de trabalho em que o funcionário pode fazer suas tarefas com plena liberdade, ele mesmo controlando seu próprio horário e calendário, bem como executando as tarefas no local em que ele desejar, dentro ou fora da empresa, contanto que ele... As realize?

Esse é um modelo de grande sucesso em muitas empresas que optaram por dar liberdade ao funcionário, cobrando por resultados.

O modelo é conhecido por ROWE. Leia mais sobre o assunto aqui (em inglês), sendo que há várias referências interessantes no fim do texto.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Rompendo a casca

Ontem, assisti a um programa na TV sobre o desenvolvimento dos insetos.

Foi muito curioso perceber que um inseto, para se desenvolver, precisa romper uma casca rígida (chamada "exoesqueleto") que, ao mesmo tempo que o protege, ela o aprisiona.

Na verdade, o inseto rompe essa casca por várias vezes durante a sua existência, em um processo que não só lhe é traumático, como o deixa vulnerável por muitas horas.

Mas o inseto precisa romper a casca para se desenvolver!

Fiquei pensando que, nesse aspecto, algo semelhante ocorre com os seres humanos, que necessitam romper modelos antigos (muitas vezes, também muito rígidos!) para que possam se desenvolver.

Os velhos modelos podem dar uma sensação de segurança, mas por outro lado essa situação aprisiona e impede o crescimento.


A vontade, a estratégia e a execução



Ram Charam, consultor e autor e muitos e excelentes livros, afirma que o "elo perdido" entre a estratégia e a execução é a vontade.

Portanto, ele prega que o fator humano é essencial na gestão dos negócios.

"Afinal, de que adiantariam as melhores estratégias corporativas, sem a existência de profissionais verdadeiramente comprometidos em implementá-las?".

E implementar estratégias, segundo Charam, envolve... Vontade! Envolve querer fazer.

A execução sem a estratégia é burra e tende a virar desastre ou a rapidamente cair na obsolescência. E a estratégia sem a execução de nada vale, pois desse modo não se alcançam os resultados esperados.

Uma coisa não vive sem a outra. É necessário que se cuide de ambas! E é preciso conectá-las pela vontade, pelo querer implementar, pelo desejar fazer. E essas não são coisas que possam ser impostas, por serem disposições interiores.


segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A praga do muro

O muro parece ser "o lugar" em que muitas pessoas, hoje, acham-se confortáveis.


Mas estar em cima do muro é pura alienação, é a mais completa anulação da personalidade individual, é a redução (ou a perda total) da capacidade de um indivíduo em pensar e agir por si próprio!

O fato é que estamos vivendo um relativismo
(*) sem precedentes. Ninguém mais quer tomar partido. Ninguém mais quer fazer afirmações categóricas, ou firmes, sobre qualquer coisa. Ninguém mais quer "se expor". É o que eu chamo de a praga do muro!

E esse relativismo tem sido evidente nos mais diversos campos. Vou dar alguns exemplos.

Exemplo 1: na religião, ele fica muito claro. Até parece que virou moda dizer "sou católico, mas não praticante". No entanto, ao pé da letra, isso quer dizer o mesmo que "não tenho religião alguma"! Seria algo semelhante a "gosto de amizade, mas nunca tive amigo algum". Uma total incongruência, não é mesmo? Mas, infelizmente, hoje, ter uma fé clara parece que virou sinônimo de "fundamentalismo", o que denota uma total inversão das coisas!

Exemplo 2: alguém diria "sou atleta, mas nunca fui praticante"? Isso teria algum sentido? É claro que não!

Exemplo 3: teria sentido alguém dizer "geralmente não sou homossexual... Só às vezes!"??? Acho que não é preciso nem responder...

Concluindo:

Para certas coisas, simplesmente não se pode ficar em cima do muro!
Ou você "é", ou você "não é".
Ou você "crê" (e pratica) ou você "não crê" (e não pratica).
Não há meio termo!

Atualmente, no entanto, ao declarar isso você passa (pasmem!) a ser rotulado de "RADICAL".

Mas o ponto que quero provar é exatamente esse:

É PRECISO SER RADICAL, EM MUITAS E MUITAS COISAS!

Infelizmente, o termo RADICAL ganhou, ao longo dos anos, uma conotação negativa, o que não deveria (jamais!) ter ocorrido. Novamente, exemplifico...

Exemplo 1: imagine se sua mãe tivesse sido diagnosticada com um tumor maligno. Você, por acaso, diria ao médico "doutor, faça a operação, mas por favor não seja radical, deixe um pouquinho do câncer dentro dela, ok?". Só se você fosse um louco é que diria um absurdo desses!!!

Exemplo 2: você gostaria que seu cônjuge não fosse radical na sua fidelidade a você?

Exemplo 3: se voê possuísse um loja, iria querer contratar um gerente que não fosse radical em sua honestidade?

Ou você preferiria "dar uma chance ao câncer de sua mãe", ter uma esposa "mais ou menos" fiel e manter na sua loja um gerente "meio" honesto?

Se esse é o caso, então tenha certeza de uma coisa: você já contraiu a praga do muro ou a doença do não-radicalismo
. E desculpe a sinceridade, mas realmente só me resta uma coisa a dizer: VÁ SE TRATAR!


(*) Relativismo significa que não podemos conhecer a verdade como tal, ou em sentido pleno: cada um tem a sua “verdade”, o que é um grande e perigoso engano!

domingo, 20 de setembro de 2009

Diferenciação

Acredito que, no cenário altamente competitivo de hoje, há alguns condicionantes que podem ajudá-lo (ou ajudá-la) a se diferenciar.

Quais seriam? Bem... Não poderei ser exaustivo (longe disso!), mas aqui vão alguns, que entendo serem relevantes.

Para início de conversa, a alegria. Em situações de muita pressão, estresse e mau-humor, é certo que não conseguimos criar. Assim, penso que o líder deve ser capaz de contagiar as pessoas que estão ao seu redor, transmitindo alegria no trabalho. A paixão (o brilho nos olhos) pelo que é feito e a "leveza" em suas decisões, podem ser determinantes para motivar a sua equipe a seguir em frente, mesmo nos momentos difíceis ou de crise.

Além disso, o líder deve procurar, juntamente com o seu time, discutir sempre "o por quê" das coisas, isto é, o motivo de cada ação. O motivo da ação é fator determinante para a motivação.

Finalmente, o líder deve ser capaz de transmitir esperança, e isso significa fazer a equipe acreditar no futuro.

sábado, 19 de setembro de 2009

O caderninho do seu Manoel


Os MBAs são focados em gestão (de pessoas e sistemas). Não ensinam sobre "negócios", pois isso é algo diferente.

SIM, gestão e negócios, são negócios diferentes!

Para aprender sobre negócios, melhor do que fazer um MBA é observar o seu Manoel Português, dono da padaria da esquina.

Ele não tem MBA. Ele não possui nem computador na sua padaria. Mas há anos mantém um negócio espetacular, produzindo o que a clientela quer: o melhor pão da cidade, em fornadas de 20 minutos; além de atendimento rápido e personalizado (com um sorriso, ele chama cada cliente pelo primeiro nome).

Percebi, um dia, que ele faz anotações em um caderninho. Aquela é a "gestão": simples, mas eficiente! Naquele caderninho, seu Manoel Português (que nunca estudou sobre gestão) controla o fluxo de caixa, verifica o retorno sobre os investimentos feitos, estuda o crescimento da padaria e analisa o consumidor (nisso, em particular, ele é expert: está sempre ali, JUNTO de seus clientes, ouvindo-os e os observando).

Se você quiser aprender sobre negócios, vá à padaria. As leis dos negócios são absolutamente as mesmas, ali e nas grandes empresas, seja em Portugal, na China, nos EUA, em Zâmbia ou no Brasil.

BEL


Projeto da Copel está no site do Azenha.

A importância da FORMAÇÃO


É errado achar que alguém que está ocupando uma posição de liderança, tenha todas as respostas.

NÃO TEM!

O verdadeiro líder é aquele que formula AS PERGUNTAS certas. E ele precisa ter uma EQUIPE COMPETENTE, para que possa realizar; pois, do contrário, nada é possível de ser feito.

Entendo que o maior "pecado" (ou burrice, ou tirania) por parte de alguém que ocupa um cargo de liderança é o de não estar permanentemente FORMANDO pessoas.

O líder tem a obrigação de estimular a boa formação da sua equipe. E de estar COM ELA, bem PERTO DELA, diariamente, OUVINDO-A SEMPRE.

No meu entendimento, para que se possa identificar um bom líder, basta olhar para a sua equipe. Se ela é competente, e está sempre buscando melhorar essa competência e ampliar os seus conhecimentos, então há ali uma boa liderança.

Os líderes são as equipes que eles formam. Até porque não se faz nada sozinho.

E a grandeza do que se sonha, ou do que se faz, é proporcional à grandeza da equipe.


Empresas do futuro

As empresas do futuro serão aquelas que entenderão que o conhecimento já existente (e sistematizado) não pode ser tratado de forma "dogmática", vazio de qualquer significado.

As empresas do futuro serão aquelas em que as pessoas poderão compartilhar conhecimentos, dialogando, duvidando, discutindo, questionando.

As empresas do futuro serão aquelas que proporcionarão espaço para as diferenças, para as contradições, para os erros, para a criatividade, para a colaboração, para as novas idéias, para as transformações.

Para isso, os seus funcionários precisarão ter AUTONOMIA (e isso precisará lhes ser dito; e garantido; e demonstrado). E essa autonomia (que precisará ser responsável, para que não seja confundida com bagunça, nem com "faço o que quero, não o que a empresa quer") deverá servir para que os funcionários possam pensar livremente, tendo o devido tempo para refletirem sobre O POR QUÊ das coisas.

Assim, entendo que as empresas do futuro deverão ser aqueles que possuirão funcionários com capacidade para FORMULAREM AS PERGUNTAS CERTAS.

Plano de carreira?


Plano de carreira é algo que deveria ser extirpado das empresas!

Sei que o assunto é polêmico, e que agora você já deve estar assustado com a esta minha declaração. Mas explico:

Entendo e defendo a MERITOCRACIA, como o único sistema de promocões que pode ser realmente JUSTO, pois a sua implicação é que os melhores acabam ocupando as melhores posições, simplesmente porque são... OS MELHORES.

Plano de carreira é acomodação! O que a empresa precisaria ter é uma maneira de separar o joio do trigo, promovendo quem é melhor (e garantindo que aquele que for REALMENTE O MELHOR possa chegar até a Presidência da corporação). Sem coleguismos. Sem politicagem. Sem interesses pessoais. Os interesses devem ser coletivos. Devem ser EMPRESARIAIS.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Quando o silêncio fala tudo


Como entendo que o ruído (certamente o "exterior", mas falo especialmente do "interior") é hoje um dos maiores problemas da humanidade , durante uma época procurei estudar o que pude sobre questões relacionadas ao silêncio (interior).

Sobre isso, uma curiosidade que acabei descobrindo: há em inglês duas palavras que, embora pareçam sinônimas, são bem diferentes: loneliness e aloneness.

Loneliness significa solidão, ou seja, ficar isolado, solitário, sozinho. O sentido dessa palavra é normalmente negativo, pois implica tristeza.

Aloneness também indica que você se encontra isolado, mas porque VOCÊ decidiu ficar assim. A palavra tem o significado de "buscar a companhia de si próprio", sendo comumente usada em um sentido positivo (como em ficar sozinho para refletir, para meditar, para se conhecer).

Infelizmente, é possível que uma pessoa fique solitária (ou seja, alcance loneliness), mesmo estando diariamente com outras pessoas (por exemplo, no trabalho; ou até mesmo dormindo todas as noites com uma outra pessoa!).

Por outro lado, a solidão voluntária (aloneness), pode acontecer até mesmo dentro do ambiente de trabalho, naquele momento em que os colegas deixam a pessoa permanecer quieta, "na sua", "em seu canto".

Loneliness é uma praga, e um dos principais motivos para a "doença do século", a depressão. Aloneness, hoje, é uma necessidade!

Capice?

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Então, todo gestor é um bom gestor?


Não! Porque os gestores, em geral, estão apenas olhando para o que está ocorrendo, lendo a realidade que se manifesta diretamente aos seus olhos.

Mas nunca é no nível dos acontecimentos que vamos descobrir o essencial! É no nível do que "está por trás" que o relevante se esconde.

Portanto, é um padrão não evidente que precisa ser identificado.


E isso é mais complicado, pois exige muito mais.

E é por isso que as empresas estão hoje tão carentes de gestão (entenda-se, aqui, gestão estratégica, empreendedora, inovadora).

Neste ponto, alguém poderia perguntar: "mas o que seria relevante, ou essencial, na minha empresa?".

E a resposta é uma só: NÃO SEI!

Ninguém, de fora da empresa, pode realmente saber. E é por esse motivo que não acredito na eficácia de ferramentas trazidas de fora. E aqui, cabe a repetição: essas ferramentas podem corrigir o periférico, mas jamais atuarão no essencial!

"Qual seria, então, o segredo para descobrir o que é relevante? Há alguma ferramenta ou metodologia?".

Na minha opinião, só há uma coisa a fazer: SELECIONAR PESSOAS COMPETENTES e HUMILDES o suficiente para saberem que o que é fundamental hoje, poderá não ser amanhã. O relevante é dinâmico: ele muda ao longo do caminho. Assim, essas pessoas deverão ser capazes de MANTEREM-SE EVOLUINDO CRIATIVAMENTE. E elas, se bem geridas, ajudarão a identificar o que realmente é relevante hoje, amanhã e depois.

Se alguém discordar, ou souber de algo diferente disso, por favor se manifeste.



Como decorrência do post anterior

Bom gestor é aquele que consegue identificar o que é relevante (essencial).

E (obviamente) atuar naquilo, de forma prioritária.

É preciso focar no essencial

Como eu esperava, não tardou em vir alguma reação ao meu post sobre cinco-ésse.

Sempre vem!

Há pessoas que parecem que confundem a sua própria identidade com o cinco-ésse. Defendem a coisa, como se aquilo fosse "ela própria".

Vamos, então, um pouco mais além no assunto:

Entendo que a revolução que está em andamento não é de caráter tecnológico, mas trata-se de uma revolução de modelo mental, de modo de pensar. E isso representa (não duvide disso!) repercussões diretas na empresa, na família, nos amigos... Na vida!

É uma revolução na qual os cinco-ésses (e quero usar o termo aqui apenas como representativo de muitas iniciativas do gênero, como as de reengenharia, as dos programas de qualidade total, as de excelência de gestão, etc), tratam e detectam apenas detalhes, porém nunca a essência!

A imagem que sempre me vem à mente é a do tocador de violino do Titanic, preocupado em afinar seu instrumento, enquanto o navio como um todo estava afundando!

A maneira de superar a crise instaurada nas empresas (e você duvida que há crise na sua???) começa com a reinvenção do pensamento.

Os gurus não a resolverão! E os modismos também não!

Todos ainda trabalhamos em empresas cartesianas, lineares, que foram projetadas e construídas a partir de uma fotografia estática da realidade.

Teremos de mudar! E, para isso, acredito que nenhum (NENHUM!) modelo desenvolvido fora da empresa poderá realmente mudá-la. Não há fórmula pronta. E a mudança é no tête-à-tête.

Feitos para MUDAR


Creio que uma empresa de sucesso, hoje, é aquela que tem maior capacidade para MUDAR.

Os empreendimentos de antigamente, que eram FEITOS PARA DURAR, hoje devem ser FEITOS PARA MUDAR.

Do contrário, perecerão. E rápido!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Vamos acordar?

Há mais ou menos 15 anos que eu escuto essa coisa de 5S (cinco-ésse). E agora já são 10S!

Quer saber, essa coisa JÁ ENCHEU!

A concorrência está de metralhadora na mão e eu tenho que ficar colocando etiqueta no paninho que vai polir o revolvinho???

Estamos na era da informação, mas muitas cabeças ainda estão na era da chaminé!

É preciso deixar essa mentalidade de fábrica, para quem trabalha EM FÁBRICA.

É preciso sair da MENTOPAUSA!

Dependemos (completamente) da eletricidade!

Este livro é bem interessante (coloquei o link da Cultura como propaganda gratuita, pois sou grande fã da mesma, pelos serviços digitais que proporciona, pela excelência no atendimento e, obviamente, pela qualidade do seu acervo!).

O legal do livro é que não é técnico. O autor apresenta a história da eletricidade (e de suas tecnologias correlacionadas, como GPS, telefone, lâmpada,...) colocando os "protagonistas" como mocinhos ou como bandidos (ou, às vezes, como as duas coisas juntas!).

Logo no primeiro capítulo (que a Cultura deixa você baixar, gratuitamente), o autor já faz considerações sobre "o vício em Internet", dizendo que, antes de qualquer coisa,
somos viciados em eletricidade, além do que, somos extremamente dependentes da eletricidade. No caso da sua falta, “o isolamento se intensificaria. A Internet e todos os e-mails logo deixariam de operar; em seguida, as linhas telefônicas [...] a fome se instalaria primeiro nas cidades asiáticas densamente povoadas, especialmente em virtude da falta de refrigeração dos depósitos de alimentos [...] poucos teriam chances de sobreviver.”

Mas, em nenhum momento, o autor acredita que essa dependência da eletricidade (que geraria esse remoto cenário catastrófico), seja negativa (como falam que é a "dependência em Internet"!).

Interessante a abordagem!...


CNPJ e CPF: linguagens diferentes

As empresas de base tecnológica sempre colocam seus esforços maiores no público-alvo da PESSOA JURÍDICA. "Afinal, é lá que se encontra o dinheiro", dizem elas (com razão).

O carro-chefe da Microsoft, o "OFFICE", mostra bem isso. Como o próprio nome diz, é uma ferramenta DE ESCRITÓRIO, que, portanto, não foi feita pensando-se no usuário RESIDENCIAL, PESSOA FÍSICA. Será por isso que seu uso é tão complicado?

Mas vejo que essas coisas estão, aos poucos, começando a mudar. Os clientes residenciais passaram a ser grandes consumidores de telefone celular, banda larga, torpedo, filmes/vídeos digitais, músicas, jogos,... E sua conta já não é mais insignificante!

E esse é, na minha opinião, o principal motivo pelo qual a Apple sempre esteve atrás da Microsoft, apesar de ser uma empresa bilhões de vezes superior em qualidade, de tudo o que realiza e disponibiliza no mercado: seus produtos são voltados para o CPF e não para o CNPJ; sendo que, até agora, eram caros demais para os clientes residenciais (chegavam ao mercado a preços de CNPJ!).

Mas isso está mudando. E a Apple já cresce como ninguém. E seus produtos já chegam (em muitos países) a preços mais adequados e irresistíveis pelos benefícios e facilidades que proporcionam. E a Apple sabe como agradar o cliente CPF. Sempre fez isso. A Microsoft, NUNCA!

Este post, porém, não é a respeito de Apple x Microsoft. É sobre o fato de que trabalhar para CPF não é o mesmo que trabalhar para CNPJ. Para início de conversa, a linguagem é bem diferente, não sendo suficiente uma tradução literal.

Parece óbvio, não é?

Não, não é!



Ainda sobre PLATAFORMAS

Em pouco mais de 1 ano, a plataforma da Apple (App Store) colocou no ar 75.000 aplicativos produzidos por terceiros.

E, nesse mesmo período, foram registrados 1.800.000.000 downloads de usuários!


Agora, pergunto: que companhia (ou organização, ou governo), por melhor e maior que fosse, poderia alcançar essa marca, e oferecer tamanhos benefícios, se não fosse no modelo de plataforma, que inclui parceria com terceiros e compartilhamento de receitas?

Ouvi essa frase no filme "O Sonho de Cassandra"

"Quer fazer Deus rir? Então conte a Ele os seus planos para o futuro".

sábado, 12 de setembro de 2009

O conceito da PLATAFORMA


Gosto de infra e, por isso, gosto de plataforma.

Plataforma traduz humildade; serviço, arrogância.

Contruir um site apenas para prestar seus serviços (ou vender seus produtos) é colocar-se no centro do universo.

Contruir uma plataforma para possibilitar com que, além dos seus serviços, outros também possam oferecer os deles...

...É O PRÓPRIO FUTURO!

E é isso que os governos, em particular, deveriam fazer. Infra. Plataforma. E deixar que terceiros, ao se valerem disso, possam oferecer mais e melhores serviços para a população.