sábado, 23 de janeiro de 2010

Uma coisa é uma coisa


Uma vez li o resultado de uma pesquisa, que nunca consegui saber se era realmente séria.

Em todo caso, tinha um fundo de verdade.

Ela dizia que os locais de "clima" mais boêmio, eram os que mais estimulavam a criatividade das pessoas.

E isso faz sentido!

Quanto menos regras existem, maior a possibilidade de haja lateralidade no raciocínio.

Regras, normas, regulamentos, procedimentos, cinco-esses,...


...são próprios para o trabalho repetitivo, como os realizados nas fábricas, por exemplo. Jamais para a criatividade, para a inovação, para a mudança.

Já imaginou se alguém decidisse criar uma regra sobre como pintar um quadro ou como compor uma melodia? Simplesmente acabaria a arte original!

Procura-se um camaleão!


Tudo na vida tem que ser vendido. Tudo!

Portanto, não sei porque há escolas e faculdades que ainda não ensinam seus alunos a vender. Isso deveria ser ensinamento básico!

Outro ensinamento básico: o de "ser multitarefa", condição imprescindível para quem quer sobreviver em um mundo de profissões descartáveis.


O mundo atual requer
bons vendedores e
bons profissionais camaleões,
com capacidade de mudarem e se adaptarem, com facilidade,
a novos ambientes e novas situações.

Criatividade: aquários interligados


Achei esse "labirinto para peixes" bastante original.

Pode ser adquirido aqui, pela "bagatela" de $6.500! (claro: já vem com plantas artificiais, lâmpadas com temporizador programável, bombas de ar, filtros e equipamentos para limpeza).


The 61



Ainda para quem gosta de música on-line, vale a pena entrar no thesixtyone, site em tela cheia.

Música no YouTube



Muitas pessoas têm utilizado o YouTube como tocador de música.

E, por perceber isso, o YouTube decidiu lançar o “YouTube Music Discovery Project & Playlist Creation Tool”.

Trata-se de uma ferramenta on-line para recomendação de músicas.

Basta entrar com o nome de um artista e o site recomenda outros, a ele relacionados.

É semelhante ao Genius da Apple, ao Last.FM e ao Pandora. Mas, agora, a ferramenta vem com a força da Google!



Frase de Hillary Clinton, secretária de Estado dos EUA



“Países ou pessoas que realizam ciberataques, devem enfrentar condenação internacional. Em um planeta interconectado, um ataque à rede de uma nação pode ser um ataque contra todos.”

A negligência do essencial


Em toda empresa, há tantas pessoas se preocupando com "o periférico", e com tanta convicção, que às vezes tem-se a impressão que a gente está viajando na Helmann's Airlines.

Consultores e consultores


Salvo raras exceções, consultor costuma ser aquele que cobra para aprender com você.

Depois, cobra para criticar e insultar, apontando falhas (aquelas que você mesmo contou para ele que a sua empresa possui). Nessa fase, acho que deveria ser mais apropriadamente chamado de "insultor".

Finalmente, cobra para dar conselhos, contrariando a sabedoria popular que diz que "se conselho fosse bom, ninguém dava, vendia".

Mas, justiça seja feita: bons consultores existem! Estes, mais raros, são em geral pessoas estudiosas, de low profile, que se deleitam muito mais com o que poderão melhorar nas empresas, do que com o quanto poderão encher os seus bolsos.


sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Pode haver qualidade TOTAL com profissionais PARCIALMENTE atualizados?


A qualidade da educação começa com a qualidade do educador.

Por esse motivo, muitas universidades hoje, que têm belíssimas infra-estruturas, perdem nas avaliações quando comparadas a outras que, embora com infras mais modestas, possuem um corpo bem maior de professores mais titulados, mais qualificados e mais experientes.

Da mesma maneira, a qualidade do que uma empresa oferece em produtos e serviços começa com a qualidade de seus funcionários.

O curioso é que se fala em qualidade "total" nas empresas, sem que isso inclua o monitoramento e controle da qualidade da formação e do nível de atualização dos seus funcionários; e sem que haja qualquer preocupação em se desenhar e implementar um programa de reciclagem profissional alinhado às estratégias corporativas!

Novamente, o meu sentimento é de que o pessoal que implementa esses programas nas nossas companhias, o que faz é seguir determinadas regras extraídas de manuais (geralmente originados de outro país e cultura), sem ter (nem oferecer) uma visão geral daquilo que precisa ser feito. Portanto, tapam um buraco aqui, sem ver que há uma cratera ali.

E acabam tomando o tempo de todos, sem resolver coisa alguma.






quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Segundo os boatos, sairia em janeiro




Janeiro de 2010 já está chegando ao final.

Será que ainda sairá o novo Tablet da Apple neste mês?


Ainda dá tempo!

Como entender a Babel dos gurus empresariais


Enfim, deixo de falar sozinho sobre os "gurus" da administração!

Agora tem até livro sobre o assunto.


Resultado de um projeto de pesquisa de dois anos realizado por John Micklethwait e Adrian Wooldridge, editores da revista The Economist, é o primeiro livro a acabar com o sensacionalismo e a autopromoção em torno da teoria da administração a fim de efetuar uma análise clara da verdade sobre a gestão de negócios.

A verdade é que o mundo dos negócios vive assolado pelos modismos. Os gurus da administração - professores de faculdades de administração, empresas de consultoria de grande poder, oradores motivacionais que sequer completaram o segundo grau - são os bruxos modernos, que prometem a cura de todos os males que assolam as empresas.


Fonte: Livraria Cultura.

Conteúdo pago: agora também no NY Times!

Há muito tempo tenho dito que, mais cedo ou mais tarde, os produtores de conteúdo teriam que começar a cobrar pelos mesmos.

Só propaganda não garante o pagamento de bons profissionais. Se se quer conteúdo de boa qualidade, outras fontes de recursos são necessárias.


Pois nesta quarta-feira, o NY Times publicou uma matéria dizendo que, a partir de 2011, voltará a cobrar pelos acessos ao seu website.


O sistema de cobrança será semelhante ao já utilizado pelo Financial Times: será proporcionado livre acesso a todas as matérias; porém, depois de ser acessada uma determinada quantidade de informações, o leitor passa a ter que pagar uma taxa, que será cobrada mensalmente.


Os assinantes da versão impressa do jornal terão livre acesso, independentemente da quantidade de informações acessadas. Ou seja, eles não pagarão duas vezes pelo mesmo conteúdo.


No Financial Times podem ser acessadas somente 10 matérias por mês. No NY Times, a quantidade ainda não foi divulgada.



Na dança das cadeiras

Este será um ano de mudanças, o que inclusive deverá levar à chamada dança das cadeiras.

Muitos dos que estão sentados deverão levantar. E muitos dos que estão de pé, esperam poder sentar.

E onde deverei me enquadrar, nesse processo todo?

Bem... Se puder escolher, quero estar projetando cadeiras: melhores, mais avançadas, mais econômicas. Com inovação no seu design, na sua funcionalidade e no seu modelo de comercialização.

Enfim... Concebendo o novo. É o que sei fazer. É como me sinto mais feliz.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Mas você não fez um MBA???

Certa vez, entrei em uma reunião com pessoas que eu não conhecia, em uma empresa na cidade de São Paulo.

Todos estavam de terno escuro. Todos usavam mochilas, que teoricamente seriam para "esconder" seus notebooks (como se ninguém soubesse que haveria um notebook dentro de cada mochila daquelas!). Todos, no início da reunião, logo tiraram seus notebooks das mochilas. Todos permaneceram olhando exclusivamente para seus próprios notebooks, durante a maior parte reunião, digitando freneticamente (sei lá se anotavam o que se falava, mas tive a nítida impressão de que o que faziam era ler e passar mensagens de e-mail que não tinham relação alguma com a reunião). E todos, ao se apresentarem, disseram que tinham cursado um “MBA”.

Definitivamente, eu era o diferente. Não estava de terno escuro (nem claro!). Não tinha mochila (eu sequer estava com uma pasta!). Não levei notebook algum. E tentei o tempo todo (em vão!) achar algum olhar que não estivesse fixo numa tela de notebook.

A única vez que realmente me olharam (e de forma espantada) foi quando me apresentei e disse, simplesmente, que eu era “um engenheiro, com interesse em novas tecnologias”. Por um instante, achei que alguém iria perguntar... –“Mas você não fez um MBA???”.

Mas não perguntaram...

Acho que entenderam que eu nem seria digno de uma pergunta assim (afinal, eu estava totalmente fora do padrão).

E todos voltaram a fixar seus olhares nas telas de seus notebooks...


Confraria do Java-Li


Você deve lembrar de um antigo comercial da TV, em que se perguntava a um porquinho:

- O que você quer ser quando crescer?

E o porquinho respondia alegremente:

- Salsicha!

Parecia um absurdo aquele porquinho responder com tamanha motivação, já que aquilo significaria o seu sacrifício.

Mas, refletindo mais sobre o assunto, o fato é que ele precisaria morrer para aquela vida de porco, antes de se transformar em algo útil!

O mesmo acontece com os seres humanos.


Se não estivermos dispostos a nos sacrificar,
jamais seremos pessoas úteis para nós mesmos,
para o próximo ou para Deus.

É preciso você estar disposto a se sacrificar continuamente o que você é, o que você sabe e o que você faz, antes que consiga transformar seu ser, seu saber e seu fazer em algo de valor. Mesmo porque, tudo o que você é, sabe e faz são coisas dinâmicas, que estão sempre mudando.

E se você começar a se orgulhar demais do que é, sabe e faz, é provável que não queira mudar. Aí você está destinado a entrar na Confraria do Java-Li (isto é, daqueles que vivem dizendo: -Um dia, eu Java-Li... Eu já fui isso, eu já fui aquilo...

E hoje, não é nada, posto que é incapaz de qualquer sacrifício.










domingo, 17 de janeiro de 2010

O que os outros irão achar?...

— Um burro com duas pessoas em cima! Isso é demais para o pobre animal! — indignou-se a mulher quando viu passar o velho e seu neto viajando montados num burro.

Foi o suficiente para o avô descer e seguir viagem só com o neto montado.

— Que vergonha, um velho cansado ir a pé e um menino saudável ir montado! — foi o comentário que ouviram da próxima pessoa que encontraram.

O jeito foi o velho trocar de lugar com o menino. O menino desceu e o velho subiu.

— Esse marmanjo montado não tem consideração para com o pobre menino? — foi o comentário seguinte.

E a viagem seguiu com os três caminhando com as próprias pernas, o velho, o burro e o menino.

— Vocês são burros ou o quê? Caminhar a pé ao lado de um burro descansado? Por que os dois não montam no burro? — perguntou alguém.

Não lembro como termina a fábula. Talvez o velho tenha se revezado com o menino levando o burro nas costas, já que só faltava tentar esta configuração!...

Este é um dilema parecido com o de profissionais que se preocupam demais com a opinião dos outros na hora de criar uma estratégia de inovação.

Para que o profissional de hoje possa inovar, deve se expor, não resta dúvida. Acontece que o latino, em geral, resiste a isso. Primeiramente, por não ter sido treinado para tal. Em segundo lugar, porque tem medo do que poderá ser a opinião dos demais profissionais da empresa sobre a sua proposta inovadora (mas uma coisa quero logo deixar claro sobre esse assunto: a opinião dos colegas de trabalho, sobre qualquer proposta de inovação que você faça, será sempre cruel, muito cruel. Não duvide: isso é lei!).

Quem já morou em algum país anglo-saxão, entretanto, sabe que lá existe uma cultura bem diferente a este respeito. Desde a escola as pessoas são estimuladas a se expor em discursos, apresentações artísticas, peças de teatro, esportes, etc. Até em enterro tem um montão de gente querendo falar!

Quando fui morar na Inglaterra, o meu chefe, “de cara”, colocou-me para fazer uma apresentação de 45 minutos para 800 pessoas, de diferentes países. E dali em diante, as palestras e apresentações nunca mais cessaram. Às vezes, viajávamos de um país para outro e não havia quase tempo de preparar o que se iria falar, sendo que as adaptações eram feitas rapidamente, no próprio vôo. O fato é que comunicávamos muito e os resultados disso eram simplesmente espetaculares. Ganhamos diversos prêmios por trabalhos inovadores apresentados e, freqüentemente, voltávamos de um circuito daqueles com vários novos projetos alinhavados.

Fazer o mesmo aqui no Brasil é para ser taxado como alguém que "quer aparecer". Aí, sabendo disso, as pessoas já se retraem, não comunicam, deixando de apresentar suas idéias, sendo que, como conseqüência, perdem grandes oportunidades, não recebem apoios suficientes e deixam de inovar como poderiam.

Mais tarde, fui morar nos EUA. Lá, as pessoas também vibravam muito quando alguém da equipe propunha algum projeto que era percebido como importante e inovador. As pessoas viam que, com cada novo projeto, era a equipe e toda a instituição que ganhariam com o prestígio e com o desenvolvimento que aquilo iria produzir.

Aqui no Brasil, por outro lado, se alguém propõe algo mais arrojado, é visto como “a zebra” do time, a pessoa “complicada”, a “sonhadora”, ou como alguém que pode tirar o lugar de uma pessoa que já esteja estabelecida em determinada posição; ou ainda, a proposta é entendida com preocupação por aqueles que a vêem como “trabalho a mais para se fazer e para nos tirar da posição de conforto em que estamos”.

Durma com um barulho desses!...