sexta-feira, 30 de março de 2007

Em casa de ferreiro...


Um especialista em Recursos Humanos de uma empresa de consultoria usa um critério inusitado para selecionar candidatos.

Para um cargo em que era exigida ampla experiência e conhecimentos de Internet, 30 dos 50 candidatos enviaram suas propostas através de contas do Hotmail.

Esses foram sumariamente eliminados pelo especialista, que ofereceu a seguinte explicação:

"Ninguém que se diz especialista em Internet usa uma conta do Hotmail como e-mail principal".


Governo quer consolidar o Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação

O governo federal pretende regulamentar o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), com o propósito de que ele venha a ser a principal fonte de financiamento da inovação no país. Boa notícia!


O FNDCT foi criado em 1969 pelo então Presidente Costa e Silva. Em 1977, Simon Schwartzman fez um apanhado geral sobre o funcionamento do fundo. Em 2000, foram implantadas novas formas de financiamento para a C&T, propondo-se a criação de fundos setorias. Em 2005, já se começou um movimento em prol da regulamentação das receitas para P&D.

Projetando imagens a partir do celular

A Texas Instruments desenvolveu um pequeno chip, que permite a projeção de imagens através de celulares.



Com o chip, os aparelhos celulares tornam-se um pouco mais "gordos", mas incorporam as funções de um datashow!

Tudo o que você vai precisar para assistir a filmes ou PowerPoints projetados, será uma parede branca e uma sala escurecida. Através de um celular dotado do chip da Texas, você poderá também fazer videoconferências absolutamente sensacionais, projetadas na parede!


quinta-feira, 29 de março de 2007

Investir em um país mais competitivo

Perdoem-me pela maior extensão dos textos de hoje. Acho que acordei mais verborrágico nesta quinta-feira!


Vou falar agora sobre uma questão já crônica em nosso país: o fato de o Brasil investir muito pouco na produção do saber científico e tecnológico (como este blog trata de questões relacionadas à inovação em telemática, entendo que este tema está de acordo).

Nos últimos 25 anos, nosso país tem aplicado em Ciência & Tecnologia recursos a uma taxa aproximadamente constante de 0,5 a 0,6% do seu Produto Interno Bruto; a média dos países mais desenvolvidos investe 2,5% do seu PIB. Como a população brasileira cresceu nesse período, os investimentos ficaram cada vez menores por habitante: hoje, são US$ 30 por habitante, contra cerca de US$ 300 por habitante nos países de maior desenvolvimento.

Apesar de ser a 8ª economia do mundo, o Brasil ocupa o 30º lugar na ciência mundial. Temos aproximadamente 90 mil cientistas ativos, número muito pequeno quando comparado com o milhão de americanos, os 600 mil japoneses e os 300 mil alemães, que produzem C&T em seus países.

Nosso ensino de primeiro e de segundo graus quase não motiva para as carreiras voltadas à exploração científica. No ensino superior, as instituições públicas, com escassez de recursos e sem ambiente propício, têm baixíssima safra científica, que ainda assim não se alinha à nossa realidade. A grande maioria das outras unidades desse nível -- comunitárias e particulares -- não realiza essa função. Nos cursos de pós-graduação, os ajustes necessários são inúmeros para que eles se transformem numa usina confiável de geração contínua de novos conhecimentos. Enquanto nos países mais desenvolvidos, a inovação tecnológica sai direto de seus laboratórios de pesquisa e desenvolvimento para o chão das fábricas, entre nós, as teses e pesquisas, inaplicáveis, mofam em nossas bibliotecas. As empresas, que fazem da Ciência & Tecnologia utilidades para a massa da população, quase não têm o hábito de buscar o conhecimento de que precisam nas poucas universidades e institutos de pesquisa e desenvolvimento realmente capacitados. Tem-se ainda muito a fazer pela C&T no Brasil.

Diante desse quadro, o óbvio salta aos olhos: o Brasil carece de Ciência & Tecnologia, produzidas aqui. Copiamos quase tudo (nem sempre com sucesso) dos poucos países detentores de um dos poderes mais decisivos do mundo, maior que a hegemonia política ou econômica: o conhecimento técnico-científico, o know-how. Nossa entrada no Primeiro Mundo não se fará sem produção de informação técnica e científica, maior e mais significativa. Só o impulso de uma C&T nossas contribuirá para alavancar o país para um desenvolvimento pleno e auto-sustentado.

Pergunto: estaremos condenados a amargar essa posição de atraso científico e tecnológico no círculo vicioso que gera o subdesenvolvimento que por sua vez gera o atraso? É possível produzir conhecimentos e instrumentos válidos para fundamentar soluções adequadas aos nossos problemas? Que realidades tolhem a formação de um ambiente propício à experimentação e às pesquisas produtoras de um conhecimento técnico-científico, de teor universal, sem dúvida, mas principalmente direcionadas ao atendimento das necessidades próprias do país?


Algumas considerações sobre nossa pós-graduação

Sem dúvida, os cursos de pós-graduação são um dos nichos mais propícios à produção do saber técnico-científico por seu caráter de especialização e por serem avaliados em razão dessa produção.

"Estou formado: trabalho ou estudo mais?"

Ao terminar um curso superior, o jovem visualiza dois encaminhamentos principais: ou entrar direto no mercado de trabalho, ou seguir a carreira acadêmica.

No primeiro caso, a crescente competitividade do mercado leva muitos formados a optar por "aprender mais", para assim enfrentar a competição com maior vantagem. Entretanto, nota-se que os nossos cursos de mestrado ainda focalizam objetivos pouco definidos e são um misto de oferta de um melhor preparo para o mercado e introdução (em geral precária) dos alunos à investigação científica. Na prática, muitos dos mestrados brasileiros são "tapa-buracos" da graduação e simplesmente repetem o que nela já foi dado (há, evidentemente, honrosas exceções).

Quando a opção é pela vida acadêmica, dentro de nosso modelo os alunos são forçados a fazer o mestrado e impedidos de passar imediatamente para o doutorado. Neste, eles seriam de pronto introduzidos no mundo da pesquisa. Esse fato -- aliado à circunstância de que os nossos mestrados são longos demais comparativamente com os dos países mais adiantados -- faz com que os pesquisadores brasileiros comecem a ser pesquisadores de verdade tarde demais. Assim, desperdiçamos o maior potencial criativo de mentes mais jovens.

Pós-graduação brasileira: problemas e avaliação

Comparado com os países mais desenvolvidos, o Brasil tem muitos professores em sala de aula e pouquíssimos produzindo trabalhos de cunho científico. Temos 140.000 professores dando aulas nas universidades e apenas 85.000 fazendo pesquisa (aproximadamente 2 professores para cada pesquisador). No Japão, a proporção é exatamente inversa.

Nos países mais desenvolvidos, empresas de alta tecnologia situam-se ao redor das principais universidades e centros de pesquisa e desenvolvimento. Lá, existem mecanismos facilitadores da instalação dessas empresas e da interação delas com as instituições de ensino superior. No Brasil, isso ainda não ocorre.

Há que se mencionar, também, a tendência de os melhores pesquisadores procurarem instalar-se nas capitais ou nas grandes cidades, o que dificulta sobremaneira a disseminação do desenvolvimento científico-tecnológico a cidades menores, do interior. É bem verdade que esse êxodo para os centros urbanos maiores se deve, inclusive ou principalmente, à busca dos tão necessários recursos para viabilizar o sonhado desenvolvimento científico-tecnológico. Uma alternativa para a dificuldade de localização seria utilizar a tecnologia atual de videoconferência, por meio da qual um professor pode estar numa cidade e interagir com uma turma de alunos que esteja fisicamente em outra cidade. Para qualquer solução, é essencial criar condições mínimas de infra-estrutura predial, laboratorial, de bibliotecas e outros recursos, que permitam ao profissional do interior, que é treinado, desenvolver-se e contribuir para o desenvolvimento de outros e da sua região, já que formação somente verbalizada e visual não é suficiente.

Quanto ao número de pós-graduados, é importante notar que a USP (Universidade de São Paulo) forma cerca de 65% dos doutores brasileiros, sem considerarmos os formados pelas outras instituições paulistas (UNICAMP e UNESP). Tal fato denota em nosso corpo de pesquisadores um enorme in-breeding (termo da genética que significa "geração consangüínea", "geração na mesma família"). Não parece desejável deixarmos de contar com múltiplas e variadas correntes de investigação, tendentes a garantir resultados mais significativos e mais seguros.

Uma avaliação por resultados concretos

A CAPES (Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) possui um sistema de avaliação dos cursos de pós-graduação. É um sistema importante, pois os cursos recebem avaliação externa e "por pares". Entretanto, os melhores conceitos (A e B) ainda se concentram fortemente na região Sudeste, sendo que fora dela os conceitos caem drasticamente.
A grande maioria das teses produzidas nas universidades brasileiras são de qualidade bastante sofrível sob o ponto de vista de sua contribuição real para a sociedade ou para a ciência. As revistas técnicas internacionais trazem pouquíssima citação de trabalhos desenvolvidos em nosso meio.

Os índices de avaliação da produtividade adotados nas nossas instituições de ensino superior ainda têm pouca consistência. A quantidade de trabalhos publicados e de suas citações é ainda o único índice adotado em muitas delas e de validade muito restrita. Nos artigos publicados, às vezes apressadamente, constata-se em geral baixa qualidade e, o que é pior, uma contribuição real mínima. Outros índices poderiam ser adotados, mais diretamente relacionados ao desenvolvimento socioeconômico regional, como: grau de interação com a indústria; número de parcerias bem-sucedidas; soluções encontradas para problemas do setor produtivo e do governo; produtos gerados e transferidos; afinidade com as políticas de desenvolvimento governamentais e outros. Esses índices adicionais certamente funcionariam como indutores de motivação bem maior para todos os setores envolvidos.

Emprego mais inteligente supre poucos recursos

No Brasil (e provavelmente só no Brasil!), é cultura corrente de que nenhum aluno pode fazer pós-graduação sem bolsa, o que acaba saindo excessivamente caro para o Governo Federal. Essa cultura vai mais além: o bolsista deve usufruir de todo o período da bolsa e renová-la quanto mais puder, tendo em geral, para isso, a aprovação do seu orientador e da instituição. O que ocorre, hoje, é que a CAPES possui um estoque muito grande de recursos para renovação, o qual -- redimensionado -- poderia aumentar em muito a oferta de novas bolsas.

Com a acelerada evolução da Ciência & Tecnologia no planeta, faz-se fundamental que as universidades e institutos de pesquisa estejam interligados pelos mais atualizados sistemas de informática e de telecomunicação em banda larga. Sem isso, qualquer intenção de competir em nível mundial fica em muito prejudicada. Boa parte da comunidade científica ainda dispõe de computadores e softwares desatualizados e de serviços de telecomunicação com qualidade precária e velocidade ainda muito baixa!

Em vista do preço elevado do material bibliográfico, é essencial que as bibliotecas das universidades e dos institutos de pesquisa e desenvolvimento estejam interligadas em rede de telecomunicação, para trocas rápidas de informação. Os custos impedem que qualquer biblioteca tenha todo tipo de publicação. Pela interligação, ficam bastante facilitados a interação e os empréstimos interbibliotecários. Esse é requisito indispensável no processo de qualquer projeto de pesquisa e desenvolvimento. No Brasil, apesar dos esforços por parte de diversas instituições e do próprio Ministério de Ciência e Tecnologia, por meio do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), muitas das bibliotecas das instituições de ensino superior e centros de pesquisa ainda não estão em rede entre si e ainda não acessam os grandes bancos nacionais e internacionais de referência.

Os pesquisadores brasileiros ainda enfrentam séries dificuldades para a importação de materiais, softwares e equipamentos, tendo que passar por cansativos processos burocráticos, que dificultam sobremaneira o desenvolvimento de seus trabalhos.

Nossa pós-graduação necessita ser repensada, reestruturada e reintegrada ao meio, a fim de ser capaz de dar ao país os recursos humanos imprescindíveis para sustentar uma maior competitividade ao Brasil dentro da economia global, em que só começamos a entrar. Os recursos físicos e até os financeiros não substituem o ser humano como produtor de uma Ciência & Tecnologia realmente nossas, isto é, voltadas para as necessidades tipicamente brasileiras.


Recordar é viver!


The Beatles: ligue o som de seu micro e clique sobre cada foto.


Tropical Glen: as melhores músicas de cada época.

Crowdsourcing: uma nova forma de Outsourcing

Há um tempo atrás a revista Wired publicou um artigo intitulado "The Rise of Crowdsourcing", que mostra como a enorme comunidade on-line pode ajudar organizações a completar suas tarefas e diminuir seus custos.

O conceito é interessante!

O crowdsourcing, diz a Wired, é o "novo lugar da mão-de-obra barata: pessoas no dia-a-dia usando seus momentos ociosos para criar conteúdo, resolver problemas e até mesmo para pesquisa e desenvolvimento".


Breve reflexão

Alguns profissionais estão naturalmente mais próximos dos seus clientes, e, assim, podem perceber mais fácil e diretamente as suas contribuições para a melhoria da qualidade de vida desses clientes.

É o caso dos médicos, professores e muitos outros.

Por outro lado, o profissional que trabalha com tecnologia fica, em algumas situações, bastante afastado dos clientes. E, com isso, corre o risco de perder-se com relação ao real propósito de suas atividades. Há casos extremos em que você pergunta para um profissional "- qual é o seu cliente?", e ele precisa pensar muito antes de responder!!!


Freqüentemente, vemos esses profissionais deleitarem-se com as tecnologias (nada de errado com isso!), mas acabam esquecendo que aquela tecnologia tem um propósito, que é maior do que garantir um salário no final do mês ou produzir lucro para a empresa: ela deve estar fundamentada na melhoria da qualidade de vida para alguém!

Sem que isso esteja diariamente na mente de todo o profissional, corre-se o perigo de haver uma concentração excessiva nos meios, relegando-se os fins para um segundo plano.





quarta-feira, 28 de março de 2007

Apresentações estilo "Web 2.0"

SlideAware é um novo site, através do qual você pode atribuir, às suas apresentações, um endereço "http" e protegê-las (ou não) com senhas.

Explore a ferramenta e você verá que ela oferece muito mais do que você conseguiria simplesmente subindo uma apresentação PowerPoint para um site.

E isso é obtido porque o SlideAware foi criado, desde o zero, para ser uma ferramenta de apresentação on-line.

Conheça melhor o seu quarteirão

Hoje pela manhã foi lançada mais uma comunidade virtual, o StreetAdvisor. Trata-se de um local em que você pode "atribuir notas" para o seu quarteirão e encontrar os seus vizinhos.


Se isso pegar, vai ser importante para as Prefeituras, pois as pessoas darão as suas opiniões sobre diversos aspectos do quarteirão, como coleta de lixo, limpeza, segurança, iluminação, saúde, pavimentação.

Há, também, um lugar em que você pode subir vídeo-tours da sua rua. Isso pode ser útil às pessoas que estão procurando mudar-se para uma determinada rua ou bairro.

O site pode funcionar, presumindo-se que as pessoas serão imparciais nas suas avaliações e que os corretores de imóveis não comecem a elogiar ruas onde eles possuem propriedades à venda (ou colocar comentários depreciativos para as demais ruas).

O site provê, ainda, muitas outras facilidades. Tem, por exemplo, um mecanismo Wiki; e oferece a possibilidade de localizar serviços próximos de sua casa (ou, você mesmo, pode inserí-los em um mapa).

Vai ser igualmente útil para aqueles quarteirões que são constituídos por prédios, onde as pessoas moram por vários anos e mal se conhecem. Ao conhecer melhor seus vizinhos, você poderá encontrar alguém que dê aulas de violão para o seu filho; outra pessoa que faça docinhos para a sua festa; ou quem esteja vendendo exatamente o carro que você quer comprar. Tudo pertinho de sua casa!

Poderá, ainda, ser formado um sistema de vigilância, em que uns vizinhos alertam os outros se houver alguma pessoa ou situação suspeita na redondeza.

Finalmente, poderá ser um espaço para as fofocas da vizinhança (e, talvez, esse venha a ser o maior atrativo para o site!).


Frases


"Ofereça web sites e blogs
para que os clientes publiquem suas impressões
sobre os produtos de sua empresa"
(fonte: ÉPOCA Negócios, N. 1, p. 187).


"Inovar é para poucos,
pois são poucas as pessoas que enxergam
os três lados da moeda"
(fonte: blog Sr. Fredinho)


A inovação está no processo, não no bolso!

A Apple, que é considerada por muitos como "a" empresa inovadora em sua área de atuação, surpreendentemente investe relativamente pouco em pesquisa (quando comparada a outras empresas do setor).

Por outro lado, ela concentra seus esforços de P&D em poucos projetos de grande potencial.

Segundo estudos da Booz Allen, o sucesso da Apple deve-se "ao processo, não ao tamanho do bolso".

Um exemplo: a empresa passou dois anos e meio debruçada sobre o iPhone, emergindo do projeto com um produto revolucionário e 200 novas patentes. Assim, dá para se ter uma idéia do que concentração de esforços significa. E com isso, "ela faz mais, com muito menos", avalia a Booz Allen.


Material extraído da nova revista ÉPOCA Negócios, N. 1, reportagem de capa.


terça-feira, 27 de março de 2007

Conheça esse paradoxo!


Nova enciclopédia colaborativa


Citizendium ("compêndio dos cidadãos") é a mais nova enciclopédia colaborativa, lançada para competir com a Wikipedia.

As novidades são: (a) que ela requer que os usuários se registrem com os seus nomes reais; e (b) que seus artigos serão controlados e editados por um conselho editorial.

Ela já foi lançada com 1.100 artigos, que foram retirados da Wikipedia e revisados ("consertados") pelo conselho editorial.

Com um sistema para vetar artigos inapropriados, o objetivo é fazer com que a nova enciclopédia não tenha os problemas de "vandalismo" existentes na Wikipedia.

Anatel autoriza Wi-Fi para Prefeituras


A Anatel autorizou o uso de Wi-Fi para as Prefeituras de todo o país, para que elas formem redes comunitárias municipais sem fio.

Esta é a nota emitida pela Anatel sobre o asunto (arquivo .pdf).


segunda-feira, 26 de março de 2007

Ninho da Gávea (uma curiosidade)

As mais importantes empresas de base tecnológica do planeta possuem profissionais que estão permanentemente rastreando o ambiente de produtos e serviços (existentes e emergentes); monitorando o comportamento do mercado com o objetivo de detectar riscos e oportunidades; bem como acompanhando as alterações de legislação, os planos de expansão dos concorrentes, as fusões e aquisições de empresas, etc.

Esse processo é chamado Environmental Scanning, amplamente reconhecido como sendo fundamental para subsidiar as funções de planejamento e as decisões empresariais estratégicas.

O princípio pode ser comparado ao ninho que uma gaivota faz no mastro de um navio: o chamado “Ninho da Gávea” (termo que vem de uma tradução um pouco modificada da expressão em Inglês the crow's nest). Ao instalar-se no mastro, a gaivota ganha um local de observação permanente, sendo que é sempre ela a primeira a avistar qualquer modificação no ambiente.

Os marujos dos tempos idos sabiam bem disso e baseavam-se nos diversos sons emitidos pelas gaivotas para ficarem em alerta, pois dependendo do som sabiam que algo diferente havia sido avistado por ela.

A técnica de Environmental Scanning, ou Ninho da Gávea, é bastante usada pelos futuristas e planejadores, que ficam em contínuo monitoramento do horizonte, a procura de qualquer indicação de que algo importante está para acontecer.

Algumas empresas, porém, seja por economia, por desconhecimento ou por outros motivos, mandam determinados profissionais "subirem ao mastro" somente de tempos em tempos: geralmente uma vez por ano, para reunirem subsídios com vistas à elaboração de um “plano (pluri)anual”. Mas isso está longe de ser o sentido da técnica, e sem um monitoramento contínuo do “horizonte”, essas empresas não adquirem a mesma capacidade de detectar oportunidades e ameaças.

Assim, as empresas devem selecionar profissionais que fiquem "sentados no Ninho da Gávea", isso é, que permaneçam na contínua observação dos ambientes (externos e internos). Essa é uma técnica importante, e quando não é compreendida ou devidamente praticada, corre-se o perigo de, inesperadamente, surgir um iceberg que já não poderá ser desviado a tempo!



Quando a ficção se torna realidade

Como a Lei de Moore está mais vigente do que nunca, o preço do Wi-Fi continuará caindo.

Assim, em pouco tempo todos os computadores já virão com Wi-Fi embutido.

E, com isso, vai sendo formada uma impressionante infra-estrutura de rede sem fio, sem que para isso tenha havido grandes investimentos por parte de alguma grande empresa do setor, ou de governo.

Quando isso ocorrer, as residências terão acesso contínuo e sem fio à Internet, a qual chegará em laptops e PDAs.

Pensemos, então, no que ocorrerá com a telefonia, que por meio de um aparelho desses, com conexão Internet wireless, poderá inclusive ser "telefonia IP"; e além disso, o usuário poderá dispor de outras vantagens como acesso à sua lista de contatos pessoais, a catalogos telefônicos e, até mesmo, à imagem on-line da pessoa que está do outro lado "da linha" (essa será a implantação definitiva do vídeofone, que costumeiramente aparecia nos filmes de ficção que assistíamos quando crianças!).

E isso tudo deverá ocorrer em um tempo muito menor do que podemos imaginar (provavelmente, em menos de 5 anos, que é o prazo médio de atualização tecnológica)! Mas tal coisa não significa, entretanto, que os telefones tradicionais serão varridos de nossas residências nos próximos 5 anos.

Por outro lado, os serviços IP serão mais baratos, mais seguros e disponibilizados em maior banda. E, quando a população usuária se der conta disso tudo, aprenderá a usar os já existentes sites de direcionamento de ligações telefônicas (do tipo pc-telephone).

Assim, quase que naturalmente, deixaremos de usar nossa telefonia tradicional, pelo menos da maneira como o fazemos hoje.

Ficção científica?

Bem... Dentro de poucos anos saberemos!

domingo, 25 de março de 2007

Dinâmica das expressões

Há termos que, como o tempo e o mal uso, vão se afastando de seus conceitos originais.

Eu notei isso com a expressão "Early Adopter", que passou a ser muito (mal) usada em sites que tratam de inovações tecnológicas.

Fui procurar e acabei encontrando um artigo bastante esclarecedor (em Inglês), tratando exatamente dessa expressão.

Veja o que é agradar os clientes!

A cultura consumista aliada à verdadeira excitação dos Americanos por possuírem um lançamento tecnológico, foram fatores que contribuiram para fazer do Play Station 3 um enorme sucesso de vendas nos EUA. Mesmo após o Natal e Ano Novo, muitas lojas da Sony só comercializavam 1 equipamento por família, com compra mediante senha e enfrentamento de longas filas.


Mas o Europeu é bem diferente e o lançamento do PS3 por lá não foi tão estrondoso assim. Na Grã Bretanha, praticamente não houve filas nas portas das lojas.

Super promoção


Em Londres, a loja Virgin lançou o aparelho por £425 e os compradores ganharam uma HDTV de 46 polegadas, além de uma corrida gratuita de taxi até as suas casas!

No total, as TVs gigantes de alta resolução, dadas como brinde, custaram mais de £250 mil. Isso é que é investir pesado para atrair e agradar os clientes!

Mas veja o mais surpreendente de tudo: somente pouco mais de 100 pessoas levaram o PS3, apesar do espetacular brinde oferecido pela Virgin Megastore de Londres!


Dicas para o GMail


Trinta ferramentas para você incrementar o seu GMail.

Mais um anúncio "tech"

O agência Ogilvy (de Frankfurt - Alemanha) produziu este anúncio, bem original e interessante, e que mostra o poder dos "Photoshops"!


É um anúncio de furadeira, encomendado pela empresa suíça Intertool.

(Obs: para quem não sabe, Photoshop é o mais popular dos softwares de edição de imagens. Atualmente, não há foto que saia em uma revista que não passe antes pelo Photoshop, que faz verdadeiros milagres! Veja um exemplo aqui, que fala de uma participante do BBB cujas fotos serão publicadas na revista Playboy).



O e-mail acabou com as cartas, mas ainda há lugar para elas!

A agência M&C Saatchi (de Melbourne - Australia) criou o seguinte anúncio, com uma imagem que é realmente espetacular!



O anúncio foi encomendado pela Australia Post e diz o seguinte:

"Se você quer sensibilizar alguém, mande-lhe uma carta."

As cartas praticamente sumiram dos correios com o advento do fax e, principalmente, do e-mail!