segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Sociedade de Conhecimento

Seguem três perguntas sobre as quais deveríamos refletir mais profundamente, antes de darmos respostas imediatas, automáticas.

PRIMEIRA - Estamos realmente na "era do conhecimento"?

Para começar, convém analisarmos de que adiantaria o conhecimento se não fosse para produzir uma maior qualidade de vida, um maior desenvolvimento e, em última análise, uma maior felicidade para os seres humanos?

Porém, apesar de toda tecnologia disponibilizada, a sociedade contemporânea muitas vezes parece ser "menos equilibrada" que as anteriores! Os artigos científicos publicados na área da psiquiatria são enfáticos quando afirmam que, proporcionalmente ao tamanho populacional, nunca houve tanto "stress", tanta ansiedade e tanta depressão como agora (esta, já chamada de "a doença do século")! Mas, então, que "era do conhecimento" é essa, que produz tanta infelicidade nos seres humanos?

A geração de nossos avós, mais simples do que a nossa (pois eles não tinham a mesma arrogância de se dizerem pertencentes a uma "sociedade da informação ou do conhecimento"), também parece ter sido mais humana, mais pacifista, mais ecológica, mais solidária, mais integrada.

SEGUNDA - Tecnologias significam evolução?

Certamente, elas respondem a necessidades (básicas, algumas supérfluas) da sociedade pós-moderna. Evolução, por outro lado, deve significar uma harmonia maior com aqueles que nos cercam, com o meio em que vivemos, e, especialmente, com nós mesmos. E isso está ocorrendo? Será que os países mais ricos e mais tecnológicos, do hemisfério norte, são os mais humanos? É lá que as pessoas são mais felizes?

TERCEIRA - É possível conciliar desenvolvimento tecnológico com desenvolvimento humano?

Claro que sim!... Mas por que não seria?

Entendo que um país como o nosso, que está em fase de desenvolvimento e possui origem latina, tem as condições ideais para isso. Para tal, nosso desenvolvimento não deve ser copiado dos países do hemisfério norte. Temos que nos desenvolver a nosso modo, evoluindo técnica e economicamente, mas também (e especialmente!) como pessoas, que sabem usar esse desenvolvimento a serviço de uma vida mais harmônica e mais feliz.


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Reflexão


Detesto o superficial (há que se ter conteúdo), amo o simples (há que se ter humildade).



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