sábado, 13 de março de 2010

Pensamento

As tecnologias de telecom vão ser realmente poderosas quando ficaram tão transparentes, tão "invisíveis" e tão intuitivas para os usuários, quanto a eletricidade.

Uma tática absurda

Creio firmemente que custa muito menos para uma empresa de telecom manter os clientes de sua carteira, do que conquistar novos clientes.

No entanto, a minha operadora de celular só passou a se interessar por mim no dia em que pedi para fazer a portabilidade numérica, mudando para a concorrente.

Tempo: perca-o para ganhá-lo


Atualmente, parece que ninguém quer dar mais nada de graça.

Nem mesmo o tempo!

Hoje, é tudo na base do "toma-lá-dá-cá", do "uma mão que lava a outra", do "não pregar prego sem estopa".

Assim, o gerente não conversa mais com os seus funcionários (veja, não estou falando de "conversar" durante as reuniões formais de trabalho!), nem se conversa mais com os clientes (novamente, não estou me referindo a "conversar" durante uma tentativa de venda ou na rotina de um pós-venda).

Como resultado, não se cria empatia. E não se avaliam mais as reais necessidades das pessoas.

Cada um, ao dar de graça um pouco do seu tempo,
passa a conviver numa espetacular
fonte de inovação e renovação,
para si, para as outras pessoas e para as empresas.

Reserve um tempo na sua agenda para que você converse com os seus clientes e funcionários, participe de eventos na sua área e empresa,
conheça melhor sua concorrência (estou falando dos seres humanos que estão por trás das empresas concorrentes), recicle seus conhecimentos sobre as pessoas com quem convive, aumente sua rede de relacionamentos,...

Particularmente, tento fazer isso diariamente, circulando pelas áreas de minha empresa, conversando e verdadeiramente me interessando pelo que as pessoas me contam. Noto, no entanto, que essa é uma atitude algumas vezes mal entendida e, em certas ocasiões, até mesmo compreendida como (pasmem!)...

..."perda de tempo".




Tsunami digital

Em post anterior, falei da quantidade enorme de dados que têm ficado disponíveis e da necessidade de tratá-los, colocando "uma inteligência" por trás dos mesmos, para que se possa extrair mais informações úteis.

Parece simples, mas poucos fazem isso com competência.

Sobre essa verdadeira enxurrada de dados, leia o que saiu na The Economist.

Liderança


Fazer gestão significa identificar metas, providenciar e administrar os recursos necessários, desenhar e monitorar os processos e manter tudo funcionando, com grande atenção tanto nas macro-estratégias, quanto nos detalhes.

Tudo isso pressupõe controle, sendo que, no meu entendimento, é justamente aí que as coisas podem deixar de funcionar, pois alguém eventualmente até poderia controlar fisicamente as pessoas com quem trabalham (por exemplo, com cartões-ponto, catracas e biometria), mas nunca será possível o controle das suas mentes e dos seus corações.

E é justamente aí que surge o papel dos líderes. Estes, são os que se preocupam com o desenvolvimento de suas equipes, inspirando-as e as desafiando.

Nisso sim, eu acredito plenamente.

Porque significa atenção e respeito. O que funciona, sempre!

"Traduzindo" dados


A Fernanda Viégas é da IBM e fez esta apresentação sobre o tratamento de dados.

TEDxSP 2009 - Fernanda Viegas from TEDxSP on Vimeo.

O assunto sempre me interessou, pois todos nós sabemos que há muitos dados disponíveis, sobre os mais diversos assuntos, alguns até ordenados "em layers", mas na verdade poucas pessoas (ou empresas) conseguem colocar "uma inteligência" nesse amontoado de dados e extrair as informações mais relevantes.

Outro dia, estive com um empresário de São Paulo que faz exatamente isso: reúne um universo enorme de dados e coloca "uma inteligência" para inferir coisas verdadeiramente incríveis sobre o comportamento das pessoas, a expansão das cidades, a influência dos negócios, etc. etc...

Aqueles que são responsáveis por coletar dados, que o continuem fazendo. Mas precisamos agora, e cada vez mais, trabalhar nas inferências a partir desses dados. E já há boas técnicas e ferramentas para nos ajudar nisso (ou empresas especializadas em inteligência de dados, para quem podemos terceirizar esse serviço)!

A Economia dos Jornais

O economista-chefe do Google, Hal Varian, que também é o autor do bestseller "A Economia da Informação", falou recentemente sobre "a economia dos jornais: online e offline".

Enquanto ele diz que o baixo custo da Internet pode ser uma vantagem (segundo Varian, 50% do gasto de um jornal impresso é com distribuição e impressão), declara que a publicidade não consegue gerar receita suficiente para as publicações online.

Ele entende ser possível cobrar por conteúdo, mas somente por aqueles que forem "diferenciados" (isto é, para um mercado de nicho, portanto menor).

E, também, que o Kindle da Amazon.com, o iPad da Apple e outros equipamentos "leitores" podem representar uma esperança para a indústria, no sentido de que fornecem às pessoas uma experiência mais rica e agradável de leitura.

O texto está neste blog do Google. O site oficial do Hal Varian é este aqui. E hoje há um texto no guardian.co.uk, sobre assunto correlacionado.