sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

A sabedoria da barata

Nos tempos modernos, é adaptar-se ou morrer.


As baratas conseguem isso, os dinossauros não!


Quando foi erguida a pedra que abrigava a as comunidades agrícolas, as baratas correram para se esconder sob a indústria.


Quando a automação chegou, o negócio foi se abrigar nos processos.


Agora é a vez dos "donos da verdade" (ou da informação) serem pulverizados pela produção descentralizada, proporcionada pelas redes de telecomunicação. Quem se adaptar, sobreviverá.


Acontece que, diferentemente da gestão convencional, surge agora um modelo de produção sem marca, sem face, sem endereço (a menos do endereço IP), onde cada um conhece o seu papel e a sua missão, sem a necessidade de que se pague para que algum consultor estabeleça essas coisas.


A partir de verdadeiros quartéis virtuais descentralizados, líderes momentâneos coordenam ataques bem definidos a problemas localizados, se alternando entre gestão e produção, sendo ora comandantes, ora comandados.


Esse é um modelo detestado pelos gurus da administração e pelos consultores que aplicam técnicas pré-formatadas, normalmente importadas (com tradução, mas sem adaptação) de algum país oriental ou anglo-saxão. E é um modelo que os xiitas puristas da gestão convencional dificilmente irão engolir, pois consideram "uma imitação barata, uma anti-gestão, marginal e indigente". Seria, para eles, algo como uma "indigestão empresarial".


Mas são exatamente esses que, para mim, perecerão. Serão extintos! Como os dinossauros.


Quem viver verá!...






terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Quem Somos Nós

Todo mundo quer ter o cliente "na mão". Daí o sucesso dos CRMs, onde se procura saber mais e mais sobre cada cliente, para nada além do que "tê-lo na mão".


Vem cá!... Não seria mais fácil e mais humano estender a mão ao cliente? Essa sim é a melhor forma de fidelização!


O investimento deve feito antes ser nas pessoas (tornando-as mais humanas e verdadeiramente mais próximas dos clientes), antes de se investir em tecnologia para "saber mais" sobre o cliente, mantendo-se porém, com ele, um tratamento frio, impessoal e padronizado pelas normas fixas e pelos programas de qualidade.


Numa certa ocasião, um amigo me convidou para assistir a uma reunião em que participavam gerentes da empresa onde ele trabalha. Inicialmente, gostei do que ouvi: o assunto era a necessidade do estabelecimento de elos de confiança com os clientes.


Porém, quando eles evoluíram para a as formas de operacionalização disso, começaram a discutir Quem Somos Nós, e como resultado só falavam que eram "os melhores, os maiores, os mais competentes, os maiorais" (notei que faltou pouco para a moça que estava ao meu lado, e que também era uma convidada, sair da sala para vomitar!).


Hoje, com as redes sociais, não somos nós que devemos "contar" para os clientes o quanto nós somos bons. É justamente o inverso!... O cliente que, ao avaliar nossos produtos, nossos serviços, nosso atendimento e nossos preços e, tirará as suas próprias conclusões sobre...


..."Quem Somos Nós"!



Eu lhe desejo um...

Você deve ter recebido uma série de mensagens recentemente, desejando-lhe um Feliz Ano Novo, não é mesmo?

Pois quero lhe desejar algo diferente: um Feliz Ânimo Novo!

E faço isso porque o ânimo (que está ligado à vontade) é algo que depende totalmente de você (e não das outras pessoas e nem das circunstâncias, como alguns podem erroneamente pensar).

E digo mais: o ânimo é uma das coisas que mais influenciam as outras pessoas e faz com que elas gostem mais de você!

Além disso, as pessoas ativas (com vontade de fazer as coisas) são em geral bem humoradas, felizes e positivas. Elas são... ANIMADAS! Assim...


...Feliz Ânimo Novo!






Mais sobre bibliotecas


As bibliotecárias modernas (que poderão ser chamadas de webtecárias, ou algo parecido) precisam entender as bibliotecas não mais como depósitos de livros e periódicos --classificados, etiquetados e dispostos em prateleiras.

Com empresas (como a Google, por exemplo) digitalizando todas as informações e as colocando na rede, as bibliotecas precisam ser urgentemente repensadas.

O desejo pela informação continua, mas o fato é que a forma de buscá-la mudou completamente.

As bibliotecas poderão ser, por exemplo,
ambientes agradáveis (nesse sentido, a garota do vídeo mostrado no post anterior está certa) para a exploração de temas específicos, através de palestras, filmes, debates, aulas, leituras, pesquisas,...

Mas a biblioteca que me vem sempre à mente é diferente disso: um lugar às vezes sombrio, sempre chato e bastante empoeirado, com uma tiazona dizendo para a gente falar mais baixo.



Definitivamente, não há mais espaço para isso na atualidade! E, se as bibliotecárias não se espertarem e se não forem mais criativas, quem vai propiciar esse tipo de ambiente são as livrarias.

Aliás, várias livrarias já oferecem ambientes assim, nos países mais adiantados. E no Brasil também, sendo que, para mim, o melhor exemplo é a Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo. Lá se promove uma série de eventos culturais e educacionais, é oferecido acesso à Internet, um ambiente altamente agradável, um atendimento de qualidade excepcional.

E, além disso (pasmem!), ainda tem um espetacular acervo de livros!


domingo, 10 de janeiro de 2010

Revendo conceitos


A garota entra na biblioteca pedindo batatas fritas, hamburger e milkshake.

A bibliotecária logo avisa que ali é uma biblioteca, quando a jovem, envergonhada, aproxima-se e fala bem baixinho:

- "Eu quero batatas fritas, hambúrguer e milkshake!".





É claro que se trata de uma brincadeira, mas certamente podemos aproveitar isso para refletir sobre a premente necessidade de que o (antiquíssimo) conceito de nossas bibliotecas seja revisto!


O indiferente


Outro dia, disseram-me que uma certa pessoa não realizava determinadas tarefas, porque ela era desligada.


Puro engano!


Todo mundo sabe muito bem a diferença entre um carro desligado e um carro em ponto-morto.

Pois com os seres humanos, esses “estados” também estão presentes: há pessoas desligadas e há pessoas no ponto-morto (neutras, indiferentes).


As desligadas não conseguem ter visão sistêmica. Já as indiferentes PREFEREM não a ter.


O indiferente DELIBERADAMENTE ignora o que ocorre ao seu redor e é como se tivesse uma mensagem emoldurada em sua sala, dizendo: "o responsável não sou eu".


MAS ISSO ELE NÃO É MESMO! Pois o responsável está sempre ligado para detectar problemas, enxergar oportunidades e buscar soluções.


Já o indiferente PREFERE ficar “na dele”, pouco se lixando se o barco estiver afundando (enquanto o furo não o afetar diretamente).





O curioso é que muitos gerentes preferem ter em suas equipes o indiferente, aquele que vive em ponto-morto. São gerentes que têm pavor de possuírem funcionários que tenham uma visão mais ampla e a “marcha engatada” (isto é, que saibam o que fazer e que estejam dispostos a realizar trabalho). São gerentes que acham que subordinados com essas características são um risco, pois vêem o que eles não vêem (ou o que eles não querem ver).


Mas o mercado exige pessoas competentes, antenadas e “engrenadas” (isto é, com vontade de fazer), não suportando os indiferentes, neutros, que preferem de se manter em ponto-morto.



O líder


O líder precisa ter vontade e energia para enfrentar novos desafios. Necessita, ainda, possuir confiança nas suas habilidades, na sua criatividade, no conhecimento da área em que atua (alguém com baixa auto-estima, não pode ser líder). E, também, precisa ser flexível para mudar com facilidade.

O líder precisa desafiar, colocando sempre em questão os processos para fazer com que cada um dê o máximo de si.

Os líder deve ter espírito pioneiro, para experimentar novos caminhos, encorajar a inovação e também incentivar pessoas para que lhe apresentem boas idéias.

O líder deve demonstrar
entusiasmo por aquilo que ele faz e pelas conquistas da equipe. A pessoa desanimada ou que não incentiva nem reconhece o progresso de sua equipe, não inspirando ninguém e não comemorando os resultados, pode ser gerente, jamais líder!

O líder precisa detectar e desenvolver os talentos que encontra na equipe, incentivando e descobrindo em que atividade cada um se encaixa melhor. A pessoa que contrata um funcionário e acha que ele já está "pronto", não precisando se engajar em um processo contínuo de desenvolvimento, não é líder. E também não é líder aquele que acha que um funcionário deve jogar em toda e qualquer posição. Não! Um líder precisa ter a capacidade de colocar a pessoas certas nos lugares certos e incentivar, sempre, o progresso e o desenvolvimento pessoal e profissional de cada liderado.