sábado, 9 de janeiro de 2010

Trabalhamos para viver, jamais para morrer!


No último ano, dezenas de pessoas se suicidaram na France Telecom.


E a Renault da França já foi responsabilizada pelo suicídio de um funcionário, fato inédito na justiça européia. A alegação da família do funcionário foi excesso de estresse devido às pressões impostas pela empresa.


O referido empregado estava em reunião com seu gerente, quando a conversa "esquentou" e o empregado acabou saltando pela janela, caindo do quinto andar do prédio!


Aqui, reforço o meu ponto de vista de sempre: técnicas de gerenciamento que são simplesmente importadas dos tera-disciplinados e peta-resilientes japoneses, frequentemente causam rejeição e perigo em países latinos, pois cada cultura responde de formas diferentes às pressões no trabalho.


Adicionalmente, convém lembrarmos que os japoneses são, praticamente, "os inventores" do suicídio. Como exemplos: o Hara-kiri e os Kamikazes. Assim, fico imaginando se, juntamente com a importação das técnicas gerenciais nipônicas, os franceses acabaram importando também os suicídios?...


Mas uma coisa é bem diferente, nos dois países: enquanto que na França o suicídio é pelo excesso de trabalho e de pressão, no Japão é pela falta dele, pois para os japoneses desemprego é sinal de desonra!


O fato é que, pelo motivo que seja, morrer por causa do trabalho não faz o menor sentido. Ora, se as pessoas trabalham para viver, como elas podem transformar o trabalho em meio para morrer? Tremendo nonsense!


Hoje, percebo claramente o que meus avós e pais já diziam: "o que está faltando é Deus na vida das pessoas".


No livro bíblico de Jó, vê-se que por várias ocasiões ele desejou morrer, mas Jó nunca pensou em retirar a sua própria vida, decisão que ele sabia ser exclusiva de Deus.


(ilustração: Jó e seus amigos)


O fato é que, com a exagerada correria de hoje e com as pressões absurdas que algumas vezes são impostas aos funcionários, esses não mais conseguem dar "tempo ao tempo".


E é só "dando tempo" para si mesmo que a percepção da pessoa sobre a real magnitude e relevância de seus problemas se aprimora.


E é só "dando tempo" para si mesmo, que a pessoa consegue encontrar-se com Aquele que é...


...fonte de vida!



E-books: simplesmente geniais!


Já li todas as críticas a respeito do Kindle (o e-book da Amazon.com).


A primeira conclusão é de que a Amazon pode ser boa na área de serviços pela web, mas não tem a mesma experiência de uma Apple na produção de hardware e software.


A segunda conclusão é de que "logo logo" deixaremos de ler em papel comum para ler papel eletrônico. Por que afirmo isso?


Bem... No Natal que passou, o Kindle foi o produto mais presenteado do site da Amazon.com. E a empresa vendeu, no final do ano, mais livros eletrônicos para serem lidos no Kindle, do que livros impressos em papel!


Como todo novo gadget, o Kindle ainda é caro (hoje, nos EUA, o seu valor equivale a mais de 20 livros impressos em papel comum). Além disso, a Amazon.com comercializa os e-books por praticamente o mesmo preço dos livros impressos (somente um pouco aquém).


Mas isso VAI MUDAR! Mais cedo do que se imagina, você vai encontrar e-readers gratuitos (como já acha telefones celulares de graça, em qualquer operadora). Acredito que isso virá muito rapidamente, particularmente pelo potencial que têm essas plataformas em veicularem propagandas.


Quem se importa de pagar por uma revista Veja, mesmo sabendo que ela vem com CENTENAS de propagandas? Pois ninguém se importará em receber um Kindle (ou um e-reader de outra marca) de graça, bastando para isso conviver com algumas propagandas intercaladas (em texto, áudio, vídeo ou animações)!


Além disso, imagine que você está com um e-reader na mão, lendo "O Velho e o Mar" e tendo, ao fundo, o som das ondas do mar e das gaivotas!... Sensacional, não é mesmo?


Isso poderá inclusive alterar COMPLETAMENTE a literatura, pois os autores poderão economizar esforços em descrever cenas que podem ser melhor apresentadas com sons e imagens! Adicionalmente, trará uma verdadeira revolução para a aprendizagem, que é construída nos nossos cérebros essencialmente por IMAGENS mentais.


Finalmente, o e-reader da Amazon.com já chegou a ser comercializado com um "leitor" sonoro. Era só selecionar o texto desejado, recostar-se na poltrona e... Ouvir o aparelho CONTAR A HISTÓRIA para você!!! Infelizmente, essa facilidade acabou sendo retirada do Kindle, por pressões das empresas produtoras de livros em CDs, mas entendo que a sua volta será inevitável.


O fato é que a nossa geração tenderá a comparar os livros eletrônicos com os livros em papel. E poderá criticar os primeiros. Já as gerações mais novas tenderão a comparar os e-books com os outros gadgets existentes (notebooks, netbooks, iPhones,...) e acharão os e-books simplesmente...


...geniais!!!


Assim, creio que o avanço dos e-books é um caminho sem volta. E que, lá pelo ano 2020, os livros em papel ainda existirão, assim como os discos em vinil ainda existem.



Mudança: o veneno e o antídoto

O maior veneno contra a mudança é o MEDO.

MEDO de não ser competente o suficiente para implementar a mudança. MEDO da perda do controle. MEDO de que as novas propostas não funcionem. MEDO de rejeição e da crítica por parte daqueles que não mudam nada, pois também têm MEDO (mas criticam!). MEDO de no final "ficar de fora" do processo. MEDO de se ter que trabalhar muito mais com a mudança. MEDO de aceitar a mudança proposta, por não enxergar seus benefícios. Ou, ainda, MEDO do novo, MEDO do inesperado, MEDO do desconhecido.

Por isso, o líder da mudança tem que matar dez tigres por segundo, se realmente desejar implementá-la. E, obviamente, precisa sempre usar o melhor antídoto que há para tanto MEDO, qual seja:

COMUNICAR, COMUNICAR e COMUNICAR,
sem nunca achar que já comunicou o suficiente.


De que direção deve vir a mudança

Enganam-se aqueles que ficam ESPERANDO por mudanças, por imaginarem que elas devam ocorrer sempre de cima para baixo.

Há mudanças que ocorrem
de baixo para cima, quando empregados da base enxergam oportunidades de melhoria (o que é usual ocorrer, posto que possuem uma visão mais próxima dos processos e vivem mais de perto as dificuldades operacionais do dia-a-dia-), e implementam as mudanças necessárias por conta própria.


Ou podem vir lateralmente, seja de outras áreas, seja daqueles que possuem um contato mais direto com o mercado e estão sempre antenados com respeito às alterações no ambiente externo.










sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Coisas certas com aplicações erradas

As pessoas não lêem mais (salvo a revista Veja, as mensagens de e-mail e as manchetes do jornal local que elas buscam na Internet) e, portanto, tratam das coisas de modo absolutamente superficial.

Nas empresas, o resultado disso é uma série de distorções. Ouve-se a galinha a cacarejar por aqui, o galo a cantar por ali, e já vão aplicando (mal!) as coisas.



Um primeiro exemplo disso tem a ver com os cortes. Hoje, parece que todos estão cortando tudo! Pessoal, material de consumo, cafezinho... Qualquer coisa que é considerada “custo”. Ouve-se algum economista dizer que é preciso cortar as gorduras. Tudo bem, mas cortar o que e até quando (ou quanto)? Cada vez que todo mundo corta custos, o óbvio acontece: todos ficam com os custos cortados. Portanto, ficam idênticos e, como resultado, ninguém se diferencia.

Um segundo exemplo, do qual sempre falo, é o tal do 5S. Será que ninguém ainda percebeu que essas coisas foram feitas para FÁBRICAS? E será que ninguém ainda viu que não se pode simplesmente transportar coisas que dão certo no Japão para países latinos?

Um terceiro exemplo é o que se chama Grupo de Trabalho (ou Colegiado), cujo objetivo tem sido (erroneamente) entendido como “um mecanismo para se chegar a um resultado de consenso”. Como conseqüência, isso produz um DESASTROSO NIVELAMENTO das pessoas, das idéias, do comportamento, da mentalidade. E assim, infelizmente, muitos gerentes acabam se comportando mais como carpinteiros que enxergam seus gerenciados como se fossem pregos fincados em uma tábua: é só perceberem cabeças mais salientes e eles as martelam até ficarem todas iguais!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

A responsabilidade é nossa, só nossa!

Há um assunto que deve ser do interesse de todo adulto responsável, mas do qual as pessoas parecem fugir: eu me refiro à influência das TECNOLOGIAS nas NOVAS GERAÇÕES.

É claro que devemos ser isentos nessa análise e que são indiscutíveis os benefícios que as TICs têm proporcionado para o progresso de uma forma geral.

No entanto, todos nós já tivemos o sentimento de que a geração das pessoas que “nasceram conectadas” parece ser MAIS IGNORANTE do que nós éramos, quando possuíamos essa idade. A impressão que temos é de que os mais jovens não SABEM mais nada e não SE INTERESSAM mais por nada!

Toda essa PARAFERNÁLIA TECNOLÓGICA de hoje tem proporcionado a essa nova geração uma espécie de DÉFICIT DE ATENÇÃO. O resultado é uma geração SUPERFICIAL, DISTRAÍDA e que não consegue FOCAR mais em nada.

Estranha-se, por exemplo, que os jovens que entram hoje nas empresas (geralmente depois de passarem por concursos e critérios rigorosos de admissão) não mais “esquentam as cadeiras”: em pouco tempo, já pedem para sair e vão buscar uma outra empresa. A primeira impressão que poderíamos ter é de que haveria algum problema sério com a empresa, mas NÃO É ISSO! O fator principal é a INTRANQUILIDADE dos jovens, a sua INSTABILIDADE, a permanente INSATISFAÇÃO e a contínua busca por empregos tão SUPERFICIAIS quanto uma navegação de “dois cliques” na Internet. Mas isso não existe, pois empresas não “navegam” e não sobreviveriam à deriva: elas competem bravamente em MAR ALTO, travando verdadeiras batalhas em mercados cada vez mais agressivos. E, para isso, precisam de pessoas animadas, dispostas, fortes, resistentes, decididas e de propósitos firmes. Pessoas que sabem quem são e para onde querem ir; e dotadas da consciência de que a VISÃO SISTÊMICA e a ESPECIALIZAÇÃO são coisas cruciais e que devem caminhar juntas.

A nova geração “interligada” não lê e se comunica de maneira muito pobre. E todo professor universitário pode confirmar que, ano após ano, o desempenho das turmas vem decrescendo.

Além disso, muitos adolescentes fogem hoje do esporte ou de qualquer atividade física: eles preferem se isolar, passando horas e mais horas sedentárias nos Messengers, Orkuts e jogos eletrônicos. É um verdadeiro vício, que a MAVAV (Mothers Against Videogame Addiction and Violence) diz ser “comparável ao álcool e às drogas, pelos perigos que causam às novas gerações”.

Um outro fenomeno é a LIBERALIDADE ou a FALTA DE PUDOR. Para os adolescentes, tudo passou a ser possível e aceitável na rede, onde eles divulgam para o mundo todo as informações mais íntimas e mais pessoais sobre si mesmos, seus familiares e amigos.

Adicionalmente, o ROUBO tornou-se algo comum e normal. Tudo parece ser resolvido no control-c-control-v. Os jovens não se importam mais com direitos autorais e “mandam brasa” no COPIAR-E-COLAR, muitas vezes alterando textos sem a autorização de seus autores; ou, até mesmo, simplesmente retirando o nome dos autores e publicando o mesmo material em algum outro local (site, blog, dever de casa,...).

E há uma série de outros fatores PREOCUPANTES, mas por enquanto vou parar por aqui. O fato é que, como pais, professores, empregadores,... Enfim, como adultos responsáveis, cabe-nos um alerta para que se faça um USO ADEQUADO das excelentes tecnologias de informação e telecomunicação que estão hoje disponíveis.

A RESPONSABILIDADE NESSE SENTIDO É NOSSA.

NÃO É DE NOSSOS FILHOS. NÃO É DE NOSSOS JOVENS.

É SÓ NOSSA:

DE ADULTOS RESPONSÁVEIS QUE DEVEMOS SER.






segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Por uma causa

As pessoas gostam de participar de CAUSAS importantes. E, elas mesmas, sentem-se importantes com isso.


O comprometimento com cada tarefa é maior quando existe a clara percepção do SIGNIFICADO e do VALOR do trabalho a ser desenvolvido.


Cabe ao LÍDER esclarecer, discutir, informar e, assim, auxiliar as pessoas a perceberem a relevância do que deve ser feito e os BENEFÍCIOS MAIS NOBRES a serem alcançados.


Liderar é elevar espíritos”, dizia Peter Drucker.


Assim, gerentes que colocam os subordinados para baixo e que não se preocupam em propor CAUSAS a serem entendidas e abraçadas por todos, podem ser “chefes”; jamais, lideres.