segunda-feira, 26 de março de 2007

Ninho da Gávea (uma curiosidade)

As mais importantes empresas de base tecnológica do planeta possuem profissionais que estão permanentemente rastreando o ambiente de produtos e serviços (existentes e emergentes); monitorando o comportamento do mercado com o objetivo de detectar riscos e oportunidades; bem como acompanhando as alterações de legislação, os planos de expansão dos concorrentes, as fusões e aquisições de empresas, etc.

Esse processo é chamado Environmental Scanning, amplamente reconhecido como sendo fundamental para subsidiar as funções de planejamento e as decisões empresariais estratégicas.

O princípio pode ser comparado ao ninho que uma gaivota faz no mastro de um navio: o chamado “Ninho da Gávea” (termo que vem de uma tradução um pouco modificada da expressão em Inglês the crow's nest). Ao instalar-se no mastro, a gaivota ganha um local de observação permanente, sendo que é sempre ela a primeira a avistar qualquer modificação no ambiente.

Os marujos dos tempos idos sabiam bem disso e baseavam-se nos diversos sons emitidos pelas gaivotas para ficarem em alerta, pois dependendo do som sabiam que algo diferente havia sido avistado por ela.

A técnica de Environmental Scanning, ou Ninho da Gávea, é bastante usada pelos futuristas e planejadores, que ficam em contínuo monitoramento do horizonte, a procura de qualquer indicação de que algo importante está para acontecer.

Algumas empresas, porém, seja por economia, por desconhecimento ou por outros motivos, mandam determinados profissionais "subirem ao mastro" somente de tempos em tempos: geralmente uma vez por ano, para reunirem subsídios com vistas à elaboração de um “plano (pluri)anual”. Mas isso está longe de ser o sentido da técnica, e sem um monitoramento contínuo do “horizonte”, essas empresas não adquirem a mesma capacidade de detectar oportunidades e ameaças.

Assim, as empresas devem selecionar profissionais que fiquem "sentados no Ninho da Gávea", isso é, que permaneçam na contínua observação dos ambientes (externos e internos). Essa é uma técnica importante, e quando não é compreendida ou devidamente praticada, corre-se o perigo de, inesperadamente, surgir um iceberg que já não poderá ser desviado a tempo!



Um comentário:

Anônimo disse...

Joseph Jaworski (autor de sincronicidade) entrevista Tex Gunning (Presidente da Asia Pacific, Unilever Bestfoods) Nesta entrevista Tex Gunning conta como ele conseguiu reverter uma situação onde parte da empresa estava prestes a ser vendida. Ele explica o trabalho desenvolvido durante cinco anos, onde os funcionários foram estimulados a se conhecerem como indivíduos.

Foram anos de compartilhamento de histórias, viagens ao deserto e às montanhas, meditação, autoconhecimento, e conferências de aprendizado. Todo este esforço veio a mostrar aos funcionários que para trabalharem juntos, era necessário que estivessem realmente comprometidos uns com os outros. O resultado é uma empresa revigorada e uma drástica mudança de mentalidade.
Aqui entra também a questão do cenários de uma forma indireta mediante viagens, troca de experiência (a visão do outro, etc), a participação de grupos de trabalho de outras empresas, congressos nacionais e internacionais, etc.

Abraços