sábado, 30 de janeiro de 2010

Significado

[Continuando o post anterior...]

Mais do que em qualquer outra época no passado, as empresas não conseguirão se manter através dos métodos tradicionais de controle: hierarquia, câmeras, sistemas, cartões-ponto, orçamentos, etc.

Mesmo "ir trabalhar" se tornará menos relevante à medida que a tecnologia possibilite com que as pessoas trabalhem a partir de localidades remotas.

O que vai juntar tudo será cada vez mais um componente ideológico. As pessoas ainda têm uma necessidade fundamentalmente humana de pertencer a algo do qual elas possam se orgulhar. As pessoas ainda terão uma necessidade fundamental de valores e de um senso de propósito, que dê a suas vidas e a seu trabalho uma noção de meaning, de significado.

Enganam-se as empresas que não valorizam isso. Perderão funcionários (e procurarão outras justificativas para isso, em geral culpando os próprios funcionários que saem). E perderão mercado.



Fazer uma empresa, não um negócio



O Clemente Nóbrega uma vez falou que, curiosamente, "as empresas visionárias não têm muita visão".

Não são guiadas por líderes carismáticos propondo-se a guiar seu povo para a terra prometida. Nada disso!

Os líderes dessas empresas estão, muitos deles, preocupados essencialmente em articular os processos certos, em colocar no lugar a arquitetura apropriada a um empreendimento duradouro. E para isso, cuidam para que sejam "fechadas todas as pontas", de tal forma que se garanta sucesso empresarial a médio e longo prazos.

Empresas visionárias não se preocupam primeiro com o imediatismo de ganhar dinheiro liderando seus mercados. Elas se preocupam, antes de qualquer coisa, em construir um significado para o ato de trabalhar junto, em um empreendimento comum. Fazer uma empresa, não um negócio!

A meta primeira não é ter uma idéia genial para ganhar o mercado, a meta primeira é a empresa mesma. A empresa como um sistema, não apenas como um ajuntamento de pessoas.

Assim, preocupam-se com os seus empregados: seu bem-estar, seu desenvolvimento, seu progresso, seu aprendizado permanente.

E agora vem o que pode soar como o mais curioso:

Empresas visionárias fazem seus melhores movimentos por meio de experimentação, tentativa-e-erro, oportunismo, e, literalmente, por acidente. O que parece em retrospecto, uma capacidade de previsão e planejamento espetaculares, é na verdade o resultado de uma mentalidade:

"Vamos sempre tentar um monte de coisas que parecem promissoras e adotar o que funcionar melhor."

Finalmente: empresas visionárias rejeitam a lógica do “ou isso ou aquilo” e adotam lógica do “isso e aquilo”. Elas rejeitam a “tirania do OU" e dominam "a genialidade do E". Como na Física Quantíca: partícula e onda.

Paradoxo? Sim... Mas resultados espetaculares no mundo real, também!


quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

iPad foi anunciado e estará em breve no mercado

Lançado o tablet da Apple, com o nome de iPad.

Tela touch de 24,6 cm, bateria com 10 h de duração, Wi-Fi e/ou 3G, Bluetooth. Possibilidade de assistir a filmes, ouvir músicas, navegar na Internet,...

Interface e funções muito parecidas às do iPhone, com a diferença de que com o iPad não se pode enviar torpedos e nem fazer chamadas telefônicas.


Até há alguns anos, havia banda larga e computação nas núvens (cloud computing), mas faltavam os aparelhos para que se pudesse acessar a Internet de qualquer lugar.

Com o iPhone (lançado em 2007), a Apple colocou efetivamente a web no celular (no meu entendimento, nenhum outro aparelho celular proporciona tão boa navegação como o iPhone). Agora, a mesma Apple põe a Internet em todos os cômodos das residências, nos escritórios, nos aeroportos, onde for... E com um conforto, amplamente anunciado de ontem para hoje, como sendo espetacular!

Acaba o desconforto da telinha de um celular e também do incômodo notebook (ou laptop).

Como sempre, a Apple lançou, mas ainda não entregou. Isso tem um motivo: incentivar a produção de muitos novos aplicativos e conteúdos, especialmente nos próximos dois meses, como aconteceu com o iPhone.

O que queremos acompanhar, daqui para frente, é como o iPad alterará a mídia impressa.

Veremos...


terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Confirmado!

O CEO da McGraw-Hill afirma que seus livros estarão no Tablet da Apple, que será lançado amanhã.

E diz que ele será compatível com o sistema operacional do iPhone.

Assista a entrevista aqui.

Uma proposta: o SWOT pessoal

Na chamada Análise SWOT, as empresas analisam as suas forças (Strenghts) e as suas fraquezas (Weaknesses), que constituem os seus fatores internos.

Adicionalmente, as oportunidades (Opportunities) e ameaças (Threats), que são fatores externos, isto é, aqueles pertencentes ao mercado, à concorrência, ao meio ambiente, etc.

A proposta que agora faço é a seguinte:

Por que não aplicar a Análise SWOT na nossa vida pessoal, a fim de explicitarmos (para nós mesmos) as nossas maiores forças (que devem ser cada vez mais "fortalecidas") e as principais fraquezas (a serem, progressivamente, "enfraquecidas")?

E que tal tentar isso, como rotina?!!!


Rio: uma homenagem original

E por falar em flashmob, a TAP Portugal e a Infraero homenagearam de forma diferente a cidade do Rio de Janeiro e o Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, no dia 20 de janeiro. Assista ao vídeo (em HD):

Flashmobs

Essas coreografias são fantásticas!

Provoque a inteligência!

Contra o bullying on-line

Assista a esta campanha, em que o garoto interage com elementos do website.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Vídeos em 360º

A CNN está usando técnica de vídeo em 360º para registrar a tragédia no Haiti.

Veja aqui.

E veja aqui como isso é produzido.

Frase de autor desconhecido


"Santo é um pecador que jamais desiste de esforçar-se."


- Posted from my iPhone

sábado, 23 de janeiro de 2010

Uma coisa é uma coisa


Uma vez li o resultado de uma pesquisa, que nunca consegui saber se era realmente séria.

Em todo caso, tinha um fundo de verdade.

Ela dizia que os locais de "clima" mais boêmio, eram os que mais estimulavam a criatividade das pessoas.

E isso faz sentido!

Quanto menos regras existem, maior a possibilidade de haja lateralidade no raciocínio.

Regras, normas, regulamentos, procedimentos, cinco-esses,...


...são próprios para o trabalho repetitivo, como os realizados nas fábricas, por exemplo. Jamais para a criatividade, para a inovação, para a mudança.

Já imaginou se alguém decidisse criar uma regra sobre como pintar um quadro ou como compor uma melodia? Simplesmente acabaria a arte original!

Procura-se um camaleão!


Tudo na vida tem que ser vendido. Tudo!

Portanto, não sei porque há escolas e faculdades que ainda não ensinam seus alunos a vender. Isso deveria ser ensinamento básico!

Outro ensinamento básico: o de "ser multitarefa", condição imprescindível para quem quer sobreviver em um mundo de profissões descartáveis.


O mundo atual requer
bons vendedores e
bons profissionais camaleões,
com capacidade de mudarem e se adaptarem, com facilidade,
a novos ambientes e novas situações.

Criatividade: aquários interligados


Achei esse "labirinto para peixes" bastante original.

Pode ser adquirido aqui, pela "bagatela" de $6.500! (claro: já vem com plantas artificiais, lâmpadas com temporizador programável, bombas de ar, filtros e equipamentos para limpeza).


The 61



Ainda para quem gosta de música on-line, vale a pena entrar no thesixtyone, site em tela cheia.

Música no YouTube



Muitas pessoas têm utilizado o YouTube como tocador de música.

E, por perceber isso, o YouTube decidiu lançar o “YouTube Music Discovery Project & Playlist Creation Tool”.

Trata-se de uma ferramenta on-line para recomendação de músicas.

Basta entrar com o nome de um artista e o site recomenda outros, a ele relacionados.

É semelhante ao Genius da Apple, ao Last.FM e ao Pandora. Mas, agora, a ferramenta vem com a força da Google!



Frase de Hillary Clinton, secretária de Estado dos EUA



“Países ou pessoas que realizam ciberataques, devem enfrentar condenação internacional. Em um planeta interconectado, um ataque à rede de uma nação pode ser um ataque contra todos.”

A negligência do essencial


Em toda empresa, há tantas pessoas se preocupando com "o periférico", e com tanta convicção, que às vezes tem-se a impressão que a gente está viajando na Helmann's Airlines.

Consultores e consultores


Salvo raras exceções, consultor costuma ser aquele que cobra para aprender com você.

Depois, cobra para criticar e insultar, apontando falhas (aquelas que você mesmo contou para ele que a sua empresa possui). Nessa fase, acho que deveria ser mais apropriadamente chamado de "insultor".

Finalmente, cobra para dar conselhos, contrariando a sabedoria popular que diz que "se conselho fosse bom, ninguém dava, vendia".

Mas, justiça seja feita: bons consultores existem! Estes, mais raros, são em geral pessoas estudiosas, de low profile, que se deleitam muito mais com o que poderão melhorar nas empresas, do que com o quanto poderão encher os seus bolsos.


sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Pode haver qualidade TOTAL com profissionais PARCIALMENTE atualizados?


A qualidade da educação começa com a qualidade do educador.

Por esse motivo, muitas universidades hoje, que têm belíssimas infra-estruturas, perdem nas avaliações quando comparadas a outras que, embora com infras mais modestas, possuem um corpo bem maior de professores mais titulados, mais qualificados e mais experientes.

Da mesma maneira, a qualidade do que uma empresa oferece em produtos e serviços começa com a qualidade de seus funcionários.

O curioso é que se fala em qualidade "total" nas empresas, sem que isso inclua o monitoramento e controle da qualidade da formação e do nível de atualização dos seus funcionários; e sem que haja qualquer preocupação em se desenhar e implementar um programa de reciclagem profissional alinhado às estratégias corporativas!

Novamente, o meu sentimento é de que o pessoal que implementa esses programas nas nossas companhias, o que faz é seguir determinadas regras extraídas de manuais (geralmente originados de outro país e cultura), sem ter (nem oferecer) uma visão geral daquilo que precisa ser feito. Portanto, tapam um buraco aqui, sem ver que há uma cratera ali.

E acabam tomando o tempo de todos, sem resolver coisa alguma.






quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Segundo os boatos, sairia em janeiro




Janeiro de 2010 já está chegando ao final.

Será que ainda sairá o novo Tablet da Apple neste mês?


Ainda dá tempo!

Como entender a Babel dos gurus empresariais


Enfim, deixo de falar sozinho sobre os "gurus" da administração!

Agora tem até livro sobre o assunto.


Resultado de um projeto de pesquisa de dois anos realizado por John Micklethwait e Adrian Wooldridge, editores da revista The Economist, é o primeiro livro a acabar com o sensacionalismo e a autopromoção em torno da teoria da administração a fim de efetuar uma análise clara da verdade sobre a gestão de negócios.

A verdade é que o mundo dos negócios vive assolado pelos modismos. Os gurus da administração - professores de faculdades de administração, empresas de consultoria de grande poder, oradores motivacionais que sequer completaram o segundo grau - são os bruxos modernos, que prometem a cura de todos os males que assolam as empresas.


Fonte: Livraria Cultura.

Conteúdo pago: agora também no NY Times!

Há muito tempo tenho dito que, mais cedo ou mais tarde, os produtores de conteúdo teriam que começar a cobrar pelos mesmos.

Só propaganda não garante o pagamento de bons profissionais. Se se quer conteúdo de boa qualidade, outras fontes de recursos são necessárias.


Pois nesta quarta-feira, o NY Times publicou uma matéria dizendo que, a partir de 2011, voltará a cobrar pelos acessos ao seu website.


O sistema de cobrança será semelhante ao já utilizado pelo Financial Times: será proporcionado livre acesso a todas as matérias; porém, depois de ser acessada uma determinada quantidade de informações, o leitor passa a ter que pagar uma taxa, que será cobrada mensalmente.


Os assinantes da versão impressa do jornal terão livre acesso, independentemente da quantidade de informações acessadas. Ou seja, eles não pagarão duas vezes pelo mesmo conteúdo.


No Financial Times podem ser acessadas somente 10 matérias por mês. No NY Times, a quantidade ainda não foi divulgada.



Na dança das cadeiras

Este será um ano de mudanças, o que inclusive deverá levar à chamada dança das cadeiras.

Muitos dos que estão sentados deverão levantar. E muitos dos que estão de pé, esperam poder sentar.

E onde deverei me enquadrar, nesse processo todo?

Bem... Se puder escolher, quero estar projetando cadeiras: melhores, mais avançadas, mais econômicas. Com inovação no seu design, na sua funcionalidade e no seu modelo de comercialização.

Enfim... Concebendo o novo. É o que sei fazer. É como me sinto mais feliz.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Mas você não fez um MBA???

Certa vez, entrei em uma reunião com pessoas que eu não conhecia, em uma empresa na cidade de São Paulo.

Todos estavam de terno escuro. Todos usavam mochilas, que teoricamente seriam para "esconder" seus notebooks (como se ninguém soubesse que haveria um notebook dentro de cada mochila daquelas!). Todos, no início da reunião, logo tiraram seus notebooks das mochilas. Todos permaneceram olhando exclusivamente para seus próprios notebooks, durante a maior parte reunião, digitando freneticamente (sei lá se anotavam o que se falava, mas tive a nítida impressão de que o que faziam era ler e passar mensagens de e-mail que não tinham relação alguma com a reunião). E todos, ao se apresentarem, disseram que tinham cursado um “MBA”.

Definitivamente, eu era o diferente. Não estava de terno escuro (nem claro!). Não tinha mochila (eu sequer estava com uma pasta!). Não levei notebook algum. E tentei o tempo todo (em vão!) achar algum olhar que não estivesse fixo numa tela de notebook.

A única vez que realmente me olharam (e de forma espantada) foi quando me apresentei e disse, simplesmente, que eu era “um engenheiro, com interesse em novas tecnologias”. Por um instante, achei que alguém iria perguntar... –“Mas você não fez um MBA???”.

Mas não perguntaram...

Acho que entenderam que eu nem seria digno de uma pergunta assim (afinal, eu estava totalmente fora do padrão).

E todos voltaram a fixar seus olhares nas telas de seus notebooks...


Confraria do Java-Li


Você deve lembrar de um antigo comercial da TV, em que se perguntava a um porquinho:

- O que você quer ser quando crescer?

E o porquinho respondia alegremente:

- Salsicha!

Parecia um absurdo aquele porquinho responder com tamanha motivação, já que aquilo significaria o seu sacrifício.

Mas, refletindo mais sobre o assunto, o fato é que ele precisaria morrer para aquela vida de porco, antes de se transformar em algo útil!

O mesmo acontece com os seres humanos.


Se não estivermos dispostos a nos sacrificar,
jamais seremos pessoas úteis para nós mesmos,
para o próximo ou para Deus.

É preciso você estar disposto a se sacrificar continuamente o que você é, o que você sabe e o que você faz, antes que consiga transformar seu ser, seu saber e seu fazer em algo de valor. Mesmo porque, tudo o que você é, sabe e faz são coisas dinâmicas, que estão sempre mudando.

E se você começar a se orgulhar demais do que é, sabe e faz, é provável que não queira mudar. Aí você está destinado a entrar na Confraria do Java-Li (isto é, daqueles que vivem dizendo: -Um dia, eu Java-Li... Eu já fui isso, eu já fui aquilo...

E hoje, não é nada, posto que é incapaz de qualquer sacrifício.










domingo, 17 de janeiro de 2010

O que os outros irão achar?...

— Um burro com duas pessoas em cima! Isso é demais para o pobre animal! — indignou-se a mulher quando viu passar o velho e seu neto viajando montados num burro.

Foi o suficiente para o avô descer e seguir viagem só com o neto montado.

— Que vergonha, um velho cansado ir a pé e um menino saudável ir montado! — foi o comentário que ouviram da próxima pessoa que encontraram.

O jeito foi o velho trocar de lugar com o menino. O menino desceu e o velho subiu.

— Esse marmanjo montado não tem consideração para com o pobre menino? — foi o comentário seguinte.

E a viagem seguiu com os três caminhando com as próprias pernas, o velho, o burro e o menino.

— Vocês são burros ou o quê? Caminhar a pé ao lado de um burro descansado? Por que os dois não montam no burro? — perguntou alguém.

Não lembro como termina a fábula. Talvez o velho tenha se revezado com o menino levando o burro nas costas, já que só faltava tentar esta configuração!...

Este é um dilema parecido com o de profissionais que se preocupam demais com a opinião dos outros na hora de criar uma estratégia de inovação.

Para que o profissional de hoje possa inovar, deve se expor, não resta dúvida. Acontece que o latino, em geral, resiste a isso. Primeiramente, por não ter sido treinado para tal. Em segundo lugar, porque tem medo do que poderá ser a opinião dos demais profissionais da empresa sobre a sua proposta inovadora (mas uma coisa quero logo deixar claro sobre esse assunto: a opinião dos colegas de trabalho, sobre qualquer proposta de inovação que você faça, será sempre cruel, muito cruel. Não duvide: isso é lei!).

Quem já morou em algum país anglo-saxão, entretanto, sabe que lá existe uma cultura bem diferente a este respeito. Desde a escola as pessoas são estimuladas a se expor em discursos, apresentações artísticas, peças de teatro, esportes, etc. Até em enterro tem um montão de gente querendo falar!

Quando fui morar na Inglaterra, o meu chefe, “de cara”, colocou-me para fazer uma apresentação de 45 minutos para 800 pessoas, de diferentes países. E dali em diante, as palestras e apresentações nunca mais cessaram. Às vezes, viajávamos de um país para outro e não havia quase tempo de preparar o que se iria falar, sendo que as adaptações eram feitas rapidamente, no próprio vôo. O fato é que comunicávamos muito e os resultados disso eram simplesmente espetaculares. Ganhamos diversos prêmios por trabalhos inovadores apresentados e, freqüentemente, voltávamos de um circuito daqueles com vários novos projetos alinhavados.

Fazer o mesmo aqui no Brasil é para ser taxado como alguém que "quer aparecer". Aí, sabendo disso, as pessoas já se retraem, não comunicam, deixando de apresentar suas idéias, sendo que, como conseqüência, perdem grandes oportunidades, não recebem apoios suficientes e deixam de inovar como poderiam.

Mais tarde, fui morar nos EUA. Lá, as pessoas também vibravam muito quando alguém da equipe propunha algum projeto que era percebido como importante e inovador. As pessoas viam que, com cada novo projeto, era a equipe e toda a instituição que ganhariam com o prestígio e com o desenvolvimento que aquilo iria produzir.

Aqui no Brasil, por outro lado, se alguém propõe algo mais arrojado, é visto como “a zebra” do time, a pessoa “complicada”, a “sonhadora”, ou como alguém que pode tirar o lugar de uma pessoa que já esteja estabelecida em determinada posição; ou ainda, a proposta é entendida com preocupação por aqueles que a vêem como “trabalho a mais para se fazer e para nos tirar da posição de conforto em que estamos”.

Durma com um barulho desses!...

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

A sabedoria da barata

Nos tempos modernos, é adaptar-se ou morrer.


As baratas conseguem isso, os dinossauros não!


Quando foi erguida a pedra que abrigava a as comunidades agrícolas, as baratas correram para se esconder sob a indústria.


Quando a automação chegou, o negócio foi se abrigar nos processos.


Agora é a vez dos "donos da verdade" (ou da informação) serem pulverizados pela produção descentralizada, proporcionada pelas redes de telecomunicação. Quem se adaptar, sobreviverá.


Acontece que, diferentemente da gestão convencional, surge agora um modelo de produção sem marca, sem face, sem endereço (a menos do endereço IP), onde cada um conhece o seu papel e a sua missão, sem a necessidade de que se pague para que algum consultor estabeleça essas coisas.


A partir de verdadeiros quartéis virtuais descentralizados, líderes momentâneos coordenam ataques bem definidos a problemas localizados, se alternando entre gestão e produção, sendo ora comandantes, ora comandados.


Esse é um modelo detestado pelos gurus da administração e pelos consultores que aplicam técnicas pré-formatadas, normalmente importadas (com tradução, mas sem adaptação) de algum país oriental ou anglo-saxão. E é um modelo que os xiitas puristas da gestão convencional dificilmente irão engolir, pois consideram "uma imitação barata, uma anti-gestão, marginal e indigente". Seria, para eles, algo como uma "indigestão empresarial".


Mas são exatamente esses que, para mim, perecerão. Serão extintos! Como os dinossauros.


Quem viver verá!...






terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Quem Somos Nós

Todo mundo quer ter o cliente "na mão". Daí o sucesso dos CRMs, onde se procura saber mais e mais sobre cada cliente, para nada além do que "tê-lo na mão".


Vem cá!... Não seria mais fácil e mais humano estender a mão ao cliente? Essa sim é a melhor forma de fidelização!


O investimento deve feito antes ser nas pessoas (tornando-as mais humanas e verdadeiramente mais próximas dos clientes), antes de se investir em tecnologia para "saber mais" sobre o cliente, mantendo-se porém, com ele, um tratamento frio, impessoal e padronizado pelas normas fixas e pelos programas de qualidade.


Numa certa ocasião, um amigo me convidou para assistir a uma reunião em que participavam gerentes da empresa onde ele trabalha. Inicialmente, gostei do que ouvi: o assunto era a necessidade do estabelecimento de elos de confiança com os clientes.


Porém, quando eles evoluíram para a as formas de operacionalização disso, começaram a discutir Quem Somos Nós, e como resultado só falavam que eram "os melhores, os maiores, os mais competentes, os maiorais" (notei que faltou pouco para a moça que estava ao meu lado, e que também era uma convidada, sair da sala para vomitar!).


Hoje, com as redes sociais, não somos nós que devemos "contar" para os clientes o quanto nós somos bons. É justamente o inverso!... O cliente que, ao avaliar nossos produtos, nossos serviços, nosso atendimento e nossos preços e, tirará as suas próprias conclusões sobre...


..."Quem Somos Nós"!



Eu lhe desejo um...

Você deve ter recebido uma série de mensagens recentemente, desejando-lhe um Feliz Ano Novo, não é mesmo?

Pois quero lhe desejar algo diferente: um Feliz Ânimo Novo!

E faço isso porque o ânimo (que está ligado à vontade) é algo que depende totalmente de você (e não das outras pessoas e nem das circunstâncias, como alguns podem erroneamente pensar).

E digo mais: o ânimo é uma das coisas que mais influenciam as outras pessoas e faz com que elas gostem mais de você!

Além disso, as pessoas ativas (com vontade de fazer as coisas) são em geral bem humoradas, felizes e positivas. Elas são... ANIMADAS! Assim...


...Feliz Ânimo Novo!