A sabedoria da barata
Nos tempos modernos, é adaptar-se ou morrer.
As baratas conseguem isso, os dinossauros não!
Quando foi erguida a pedra que abrigava a as comunidades agrícolas, as baratas correram para se esconder sob a indústria.
Quando a automação chegou, o negócio foi se abrigar nos processos.
Agora é a vez dos "donos da verdade" (ou da informação) serem pulverizados pela produção descentralizada, proporcionada pelas redes de telecomunicação. Quem se adaptar, sobreviverá.
Acontece que, diferentemente da gestão convencional, surge agora um modelo de produção sem marca, sem face, sem endereço (a menos do endereço IP), onde cada um conhece o seu papel e a sua missão, sem a necessidade de que se pague para que algum consultor estabeleça essas coisas.
A partir de verdadeiros quartéis virtuais descentralizados, líderes momentâneos coordenam ataques bem definidos a problemas localizados, se alternando entre gestão e produção, sendo ora comandantes, ora comandados.
Esse é um modelo detestado pelos gurus da administração e pelos consultores que aplicam técnicas pré-formatadas, normalmente importadas (com tradução, mas sem adaptação) de algum país oriental ou anglo-saxão. E é um modelo que os xiitas puristas da gestão convencional dificilmente irão engolir, pois consideram "uma imitação barata, uma anti-gestão, marginal e indigente". Seria, para eles, algo como uma "indigestão empresarial".
Mas são exatamente esses que, para mim, perecerão. Serão extintos! Como os dinossauros.
Quem viver verá!...
Um comentário:
Seria o modelo das nuvens?
A resposta é que virtual ou não, só vale se for pago, mas o processo, tem que existir, mesmo que virtual.
Senão cadê o serviço ou o produto?
Ou teremos um novo jargão para esta consultoria virtual montada numa discussão global, que aliás é mais produtiva que uma reunião, sem dúvida.
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