domingo, 10 de janeiro de 2010

O indiferente


Outro dia, disseram-me que uma certa pessoa não realizava determinadas tarefas, porque ela era desligada.


Puro engano!


Todo mundo sabe muito bem a diferença entre um carro desligado e um carro em ponto-morto.

Pois com os seres humanos, esses “estados” também estão presentes: há pessoas desligadas e há pessoas no ponto-morto (neutras, indiferentes).


As desligadas não conseguem ter visão sistêmica. Já as indiferentes PREFEREM não a ter.


O indiferente DELIBERADAMENTE ignora o que ocorre ao seu redor e é como se tivesse uma mensagem emoldurada em sua sala, dizendo: "o responsável não sou eu".


MAS ISSO ELE NÃO É MESMO! Pois o responsável está sempre ligado para detectar problemas, enxergar oportunidades e buscar soluções.


Já o indiferente PREFERE ficar “na dele”, pouco se lixando se o barco estiver afundando (enquanto o furo não o afetar diretamente).





O curioso é que muitos gerentes preferem ter em suas equipes o indiferente, aquele que vive em ponto-morto. São gerentes que têm pavor de possuírem funcionários que tenham uma visão mais ampla e a “marcha engatada” (isto é, que saibam o que fazer e que estejam dispostos a realizar trabalho). São gerentes que acham que subordinados com essas características são um risco, pois vêem o que eles não vêem (ou o que eles não querem ver).


Mas o mercado exige pessoas competentes, antenadas e “engrenadas” (isto é, com vontade de fazer), não suportando os indiferentes, neutros, que preferem de se manter em ponto-morto.



Um comentário:

Anônimo disse...

Verdade.
Mas o que leva uma a pessoa a ficar assim, ou ela é assim?
Talvez o ambiente.
Questionou e foi perseguida?
Participou e não foi valorizado?
Foi motivo de piadas?
Será que a empresa não tem participação nisso?
Fato: ambos perdem, pois a empresa não soube aproveitá-lo. E aí nem sempre dá tempo de mudar. E ele está a espera da aposentadoria,talvez para daí recomeçar a seu modo.Já que ou a empresa não o entendeu ou ele é assim.