quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

A responsabilidade é nossa, só nossa!

Há um assunto que deve ser do interesse de todo adulto responsável, mas do qual as pessoas parecem fugir: eu me refiro à influência das TECNOLOGIAS nas NOVAS GERAÇÕES.

É claro que devemos ser isentos nessa análise e que são indiscutíveis os benefícios que as TICs têm proporcionado para o progresso de uma forma geral.

No entanto, todos nós já tivemos o sentimento de que a geração das pessoas que “nasceram conectadas” parece ser MAIS IGNORANTE do que nós éramos, quando possuíamos essa idade. A impressão que temos é de que os mais jovens não SABEM mais nada e não SE INTERESSAM mais por nada!

Toda essa PARAFERNÁLIA TECNOLÓGICA de hoje tem proporcionado a essa nova geração uma espécie de DÉFICIT DE ATENÇÃO. O resultado é uma geração SUPERFICIAL, DISTRAÍDA e que não consegue FOCAR mais em nada.

Estranha-se, por exemplo, que os jovens que entram hoje nas empresas (geralmente depois de passarem por concursos e critérios rigorosos de admissão) não mais “esquentam as cadeiras”: em pouco tempo, já pedem para sair e vão buscar uma outra empresa. A primeira impressão que poderíamos ter é de que haveria algum problema sério com a empresa, mas NÃO É ISSO! O fator principal é a INTRANQUILIDADE dos jovens, a sua INSTABILIDADE, a permanente INSATISFAÇÃO e a contínua busca por empregos tão SUPERFICIAIS quanto uma navegação de “dois cliques” na Internet. Mas isso não existe, pois empresas não “navegam” e não sobreviveriam à deriva: elas competem bravamente em MAR ALTO, travando verdadeiras batalhas em mercados cada vez mais agressivos. E, para isso, precisam de pessoas animadas, dispostas, fortes, resistentes, decididas e de propósitos firmes. Pessoas que sabem quem são e para onde querem ir; e dotadas da consciência de que a VISÃO SISTÊMICA e a ESPECIALIZAÇÃO são coisas cruciais e que devem caminhar juntas.

A nova geração “interligada” não lê e se comunica de maneira muito pobre. E todo professor universitário pode confirmar que, ano após ano, o desempenho das turmas vem decrescendo.

Além disso, muitos adolescentes fogem hoje do esporte ou de qualquer atividade física: eles preferem se isolar, passando horas e mais horas sedentárias nos Messengers, Orkuts e jogos eletrônicos. É um verdadeiro vício, que a MAVAV (Mothers Against Videogame Addiction and Violence) diz ser “comparável ao álcool e às drogas, pelos perigos que causam às novas gerações”.

Um outro fenomeno é a LIBERALIDADE ou a FALTA DE PUDOR. Para os adolescentes, tudo passou a ser possível e aceitável na rede, onde eles divulgam para o mundo todo as informações mais íntimas e mais pessoais sobre si mesmos, seus familiares e amigos.

Adicionalmente, o ROUBO tornou-se algo comum e normal. Tudo parece ser resolvido no control-c-control-v. Os jovens não se importam mais com direitos autorais e “mandam brasa” no COPIAR-E-COLAR, muitas vezes alterando textos sem a autorização de seus autores; ou, até mesmo, simplesmente retirando o nome dos autores e publicando o mesmo material em algum outro local (site, blog, dever de casa,...).

E há uma série de outros fatores PREOCUPANTES, mas por enquanto vou parar por aqui. O fato é que, como pais, professores, empregadores,... Enfim, como adultos responsáveis, cabe-nos um alerta para que se faça um USO ADEQUADO das excelentes tecnologias de informação e telecomunicação que estão hoje disponíveis.

A RESPONSABILIDADE NESSE SENTIDO É NOSSA.

NÃO É DE NOSSOS FILHOS. NÃO É DE NOSSOS JOVENS.

É SÓ NOSSA:

DE ADULTOS RESPONSÁVEIS QUE DEVEMOS SER.






Um comentário:

Anônimo disse...

Marcos Pessoa,
Vamos olhar o revés.
Isto não vai mudar, é da natureza humana. Assim aprendemos e assim somos e repassamos.
Antes ensinamos os filhos sobre o tempo, paciência, época da carroça, porque as coisas assim eram. Daí, vieramos carros, os aviões, a telecomunicação, a virtualidade remota. Comodismos velocidades nas mudanças.
As universidades foram se adaptando, espaço para estacionamento, internet, etc. Porém, a universidade é uma montanha, grandiosa, leva mais tempo para "mover-se"
e NOSSOS JOVENS ADOSLENCENTES não são assim, estão ávidos e ágeis. Há de novo um descompasso. O cérebro do jovem de hoje está mais ativos em determinadas áreas. Ao contrário de voce, penso que a concentração está apenas na motivação e não mais no genérico. O Jovem capta tudo em sua volta, e seleciona e é isso. Se não gosto da matemática, bye bye math.
Somos responsáveis por isso sim, e que bom, mas apenas devemos direcionar o barco conforme a onda. Ou seja, a Universidade tem que se adaptar mais rapidamente. Hoje a solução da sociedade é controlar este anseio de evolução através de drogas medicinais. O que percebo uma crise na sociedade em sua percepção.
Reinvente a educação\instrução, tire o melhor do jovem que ele responderá. Ele não quer a visão holística, por entender que está no mundo, e escolhe só o momento. Sem muito do passado ou futuro.

Apenas insisto no que sempre comento, porque estudar se o tácito oportunisto, e para poucos sem valores, o golpismo, trás resultados mais rápidos. Aí sim, o problema é educação, mas na família.
A concorrência está lçevando as empresas e jovens a isto também, sem perceber.
Porém antes de tudo hoje, mais forte que a família está o mau exemplo dos governantes em uma boa parte.
Mas teria fugido do assunto?
:o)