sexta-feira, 26 de junho de 2009

O ócio e o modelo do "E"



Hoje, disseram-me que a palavra "negócio" teria sua origem em "negar o ócio".


Pode ser!... No entanto, entendo que praticar o ócio não significa sentar à sombra de uma árvore e ficar olhando a grama crescer.


Compreendo o ócio como sendo o momento dedicado ao prazer, o qual pode ser muito produtivo, quando é encontrado, por exemplo, nas reflexões, no estudo, na oração, na meditação, na literatura, na música, no esporte, na gastronomia, nas artes de uma maneira geral, nas relações humanas positivas.


Além disso, podemos entender que, quando conseguimos um prazer verdadeiro na atividade (ou no trabalho) que realizamos, estamos nos dedicando ao ócio!


A meu ver, o "ócio criativo", pregado pelo Domenico de Masi, não pode ser confundido com vagabundagem. Mas deve ser, sim, o encontro do trabalho com o aprendizado e o prazer.


Antigamente, existiam lugares específicos para a pessoa trabalhar (o chamado "emprego"), locais para aprender (a "escola"), e outros ainda para a diversão (a praia, o restaurante, o bar, o cinema,...) . Hoje, entendo que devemos buscar construir ambientes em que essas três necessidades do homem moderno sejam atendidas, simultaneamente!


Penso que o maior inimigo disso é o "OU" (trabalhar "OU" aprender "OU" divertir-se). Será que não é possível ser criativo e buscar formas em que se possa substituir os "OUs" pelos "Es"?


Estou certo que sim! E este (o modelo do "E") é, sem dúvida alguma, o mais inteligente de todos, sendo a tendência para as sociedades evoluídas, pois amplia os horizontes das pessoas, tornando-as mais felizes "E" ao mesmo tempo mais criativas "E" mais produtivas.


O "OU" limita; o "E" amplia!


Além disso, deste modo, as pessoas poderão praticar o ócio sem se sentirem culpadas ou com remorso. E serão, certamente, bem mais felizes!


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