Cidades Digitais
Com a edição pela Anatel do ato de 2007, que permite às Prefeituras prestarem diretamente o serviço de telecomunicações — desde que não cobre por ele —, a agência criou condições para a regularização e ampliação das cidades digitais.
Até agora, no entanto, só 34 municípios solicitaram a licença do serviço, sendo 22 deles no Estado de São Paulo e sete no Rio Grande do Sul. Os cinco restantes estão pulverizados em vários estados.
Entretanto, a Associação Ibero Americana de Centros de Pesquisa e Empresas de Telecomunicações (Ahciet) entidade, que mantém uma série de atividades voltadas ao estímulo das cidades digitais na América Latina e Espanha, considera vital o apoio dos governos aos projetos de "cidades digitais".
Segundo Franklin Coelho, coordenador de Cidades Digitais da Universidade Federal Fluminense e responsável pela implantação de vários projetos no Rio de Janeiro,"um ponto importante de convergência, que revela um amadurecimento dos formuladores de políticas públicas, é que qualquer projeto de cidade digital tem que se preocupar, antes de mais nada, com as aplicações de governo e sociais, ou seja, com o conteúdo. A definição da configuração da rede, das tecnologias a serem usadas são uma segunda etapa, consequência dessa primeira. São as aplicações e o uso que a população faz do serviço que garantem a sua sustentabilidade política. Quando há apropriação do projeto pela comunidade, não há risco de ele ser descontinuado, em função de mudanças políticas nas prefeituras".
O comentário é muito pertinente: os serviços devem ser percebidos, pelas comunidades, como sendo úteis para elas (facilitando a vida daspessoas, especialmente com redução de deslocamentos e de custos). Só assim (a demanda garantindo!) é que se consegue sustentabilidade para os projetos.
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