BrT anuncia "super banda larga"
A Brasil Telecom implementa até o final deste ano uma rede de fibras ópticas para oferecer Internet em velocidades até cinco vezes maiores que as viabilizadas hoje por sua rede de cobre, opção também conhecida como "super banda larga". A companhia segue iniciativa adotada pela Telefônica, que desde o final do ano passado levou a fibra óptica --antes restrita ao mercado empresarial-- para as residências em alguns bairros nobres da capital paulista.
Segundo Marcelo Frasson, diretor de planejamento técnico da Brasil Telecom, a companhia fez três estudos de viabilidade sobre fibra óptica em residências, mas só no último deles, realizado no final do ano passado, chegou à conclusão de que "os preços ainda não são convidativos, mas o serviço é viável para alguns nichos".
Ele afirmou à Reuters que o custo de implementar uma rede de fibras "ainda é no mínimo três vezes mais alto" que a rede ADSL implementada sobre os fios de cobre, mas preferiu não revelar o investimento.
De qualquer forma, disse Frasson, a tecnologia ADSL tem limitações --ela não consegue velocidades de mais de 25 Mbps (megabits por segundo) e, com a fibra óptica, é possível chegar a até 100 Mbps.
Para a transmissão de vídeos, entretanto, especialmente os de alta definição, essa média de velocidades é insuficiente. "No Brasil, a TV aberta vai ser em alta definição. Então, esse é um caminho sem volta" para as teles que quiserem atuar na oferta de vídeos, ponderou o executivo.
A Brasil Telecom oferece um serviço de locação de filmes pela Internet para seus clientes de Brasília desde o ano passado, mas espera uma mudança nas regras para estender a opção a toda sua área --10 Estados nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sul.
Assim como outras operadoras, a companhia quer oferecer programação de TV fechada, como as empresas de TV paga, e não só vídeos solicitados por encomenda, como faz hoje. Nesse cenário, disse Frasson, "oferecer vídeos de alta definição vai ser condição de sobrevivência".
Até dezembro, a companhia terá instalado fibra óptica em cinco capitais: Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis e Goiânia. Outras regiões poderão ser incluídas, segundo o executivo, de acordo com a evolução do mercado.
A companhia, que recebeu uma oferta de compra da Oi em abril para a qual ainda é preciso uma mudança no atual Plano Geral de Outorgas (PGO), não definiu o preço para o usuário final das novas conexões.
(Fonte: Reuters)
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