quarta-feira, 9 de setembro de 2009

OÃÇACUDE (de trás para frente)

Hoje, ouvi a frase de que "educação é um DIREITO de todo cidadão".

Guardo uma particular implicância com a palavra "direito", quando ela disfarça o "dever" de alguém (o dever de um TERCEIRO, nunca um dever MEU!).

Fico pensando em uma criança que ouve que educação é um DIREITO seu. Então, que DEVER ela deveria ter?

Sempre entendi que o elemento ATIVO do processo educacional seria o ALUNO, e não o Professor, nem o Diretor da escola, nem o Estado. Assim, um terceiro não pode pode “DAR” educação a uma pessoa, posto que a educação deve ser, de fato, uma conquista INDIVIDUAL, e que só se obtém quando há uma real MOTIVAÇÃO INTERIOR para ela (estou falando, aqui, de um impulso que venha da ALMA da própria pessoa, e não por qualquer imposição externa).

Pode-se DAR "os MEIOS" para um aluno aprender, mas a EDUCAÇÃO em si dependerá, primordialmente, do próprio ALUNO. E dizer a esse aluno que a educação é um DIREITO que ele possui, de nada adianta. Pelo contrário, só o leva a cobrar DOS OUTROS aquilo que ele deveria estar cobrando DELE MESMO.

Hoje, nossos estudantes (que foram sempre MARTELADOS com a infeliz frase da EDUCAÇÃO "DIREITO do cidadão"), demonstram um total desinteresse pelo conhecimento (salvo exceções). Muitos querem apenas o DIPLOMA (e é bom que este venha rapidamente, e da forma mais indolor possível!).

Com o diploma, eles muitas vezes conseguem bons empregos. E, nas empresas, passam então a reproduzir o mesmo desprezo pelo conhecimento, ou a mesma atitude passiva em relação a este. Nunca o buscam por conta própria. OBRIGAÇÃO, nenhuma, nunca! Afinal (dizem...) a EDUCAÇÃO deveria ser UM DIREITO do empregado (em outras palavras, um "DEVER" da empresa!).

Como canta o Legião Urbana...

...QUE PAÍS É ESSE?



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