Planejamento: uma visão
Se algum dia eu fosse elaborar um planejamento empresarial, ele certamente seria voltado a resultados(*), a serem alcançados com as seguintes "estratégias":
1. As pessoas serão valorizadas primeiramente pelo que são (isto é, "seres humanos") e depois (bem depois!) pelo que elas possam produzir para a empresa;
2. As regras gerais estabelecidas na empresa devem ser seguidas por todos, mas cada um será tratado de acordo com a sua individualidade;
3. Cada um passará a interessar-se pelo outro e procurará, a cada dia, esquecer-se um pouco mais de si próprio;
4. Todos viverão em plenitude o presente e nada mais (a doença do homem moderno é a inquietação excessiva pelo "amanhã", que o leva a deixar vazio o "hoje"; quanto era o "hoje" que deveria viver com intensidade);
5. Novas lideranças serão formadas e as lideranças naturais serão identificadas e incentivadas. Aqui, convém dizer o que entendo a respeito disso. Para mim, liderar é trabalhar pelo desenvolvimento dos indivíduos como funcionários da empresa e como cidadãos. É construir uma comunidade de pessoas através de valores compartilhados. É criar um espirito de equipe onde cada um cobre as fraquezas do outro e se complementa. É alinhar objetivos pessoais com os objetivos empresariais. É criar uma visão, um sonho, e fazer com que as pessoas sigam esse sonho, e o façam com alegria. É ser agente de transformação. É estar sempre pronto para as mudanças através da avaliação do ambiente e isso requer planejamento. É não esperar pelas mudanças, mas sim criá-las. É apresentar as mudanças através dos benefícios e das oportunidades. (Êpa! Já usei três vezes a palavra "mudança"! Mas saiba que isso não foi por acaso!). É agir com transparência mesmo que a verdade a ser dita seja dolorosa. É ouvir sem PRÉconceitos o que as pessoas tem a dizer. É ter auto-confiança e não ser e nem parecer arrogante. É não se acomodar. É buscar sempre o novo. É encarar o aparente fracasso não como uma derrota sem solução, mas sim como um adiamento da vitória. É aprender, reaprender e voltar a aprender. É encarar os desafios não como obstáculos, mas sim como oportunidades de aprendizado. É saber que a direção é mais importante que a velocidade. É não desistir, mesmo quando parece que tudo conspira contra você. É continuar pregando no deserto, à medida que você tem a convicção de que aquilo que defende é para o bem de todos e, individualmente, de cada um. É comunicar com palavras e, principalmente, com ações. É ter humildade para reconhecer que você não tem todas as respostas, mas sabe encontrar as perguntas certas e se apoiar nas pessoas que têm as respostas, independente do cargo ou da posição que elas ocupam. É ensinar o que sabe, praticar o que ensina e perguntar o que se ignora.
(*) sobre resultados, cada um pode defini-los da maneira que desejar. Eu os entendo não como a capacidade de a empresa receber, mas sim de dar, oferecer, contribuir.
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