terça-feira, 3 de junho de 2008

Mão na massa!


O ser humano, ao atingir determinado estado de evolução mental, passou a perceber a necessidade do ato de conhecer racionalmente o mundo à sua volta. E foi através do esforço consciente de sua vontade e de sua inteligência, que ele começou a perceber o vínculo existente entre as coisas individuais presentes no mundo, as quais lhe eram aparentemente desconexas (por sinal, a palavra “inteligência” vem do latim intelegere, significando justamente “ler entre linhas”, isto é, “perceber o que se esconde por detrás das coisas aparentemente desconexas”).


Aí nasce a filosofia, que hoje tem sido vista, por muitos, como "perfumaria", algo teórico ou "sem qualquer praticidade", e até mesmo como “coisa de louco” ou de "sonhador". O termo filosofia, no entendimento corrente de várias pessoas, significa apenas “o domínio teórico nebuloso de problemas sem solução”, sendo que estaria “destituída de sentido prático” e “distante do cotidiano”.


Mas isso não está correto!


O conhecimento filosófico é crucial para entendermos as coisas que nos rodeiam.


E, ao dizer isso, afirmo categoricamente que os gerentes de uma empresa assumem posturas filosóficas, assim como os religiosos, os políticos, os “rockeiros”, os ecologistas, os sindicalistas e assim por diante... Quer tenham consciência disso ou não!


Portanto, não seria melhor que todos conhecessem um pouco mais sobre aquilo que (a sentimento) praticam?


Resumindo, a filosofia está presente na nossa existência e a sua utilização permite ao ser humano pensar com maior clareza, refletindo mais profundamente sobre suas ações.


E o pensamento, este maravilhoso criador de conceitos e sentidos, é o responsável por todos os nossos valores, servindo de fundamento para todas as nossas construções, em todos os níveis, por todas as épocas.


No seu contexto mais amplo, portanto, a filosofia deve ser entendida como uma concepção geral do mundo, da qual se deduz certa forma de conduta. Assim, não se resume a algumas teorias destacadas da realidade; pelo contrário: é através dela que conseguimos entender racionalmente aquilo que nos cerca e, assim, balizar as nossas ações!




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