Vamos jogar o nosso "EU" na lata de lixo?
Você já deve ter notado que as criancinhas são muito mais sensitivas do que racionais, tendo em vista que o intelecto das mesmas ainda está em fase de formação.
Assim, nas primeiras fases da vida o ser humano encontra-se, nesse aspecto, bem mais próximo dos animaizinhos, pela preponderância dos comportamentos instintivos.
Por exemplo: se oferecermos a uma criancinha a alternativa de que ela receba 1 sorvete agora ou 7 sorvetes dentro de 10 dias, ela provavelmente optará pela satisfação imediata de seus desejos: 1 sorvete agora!
Nós, como adultos, já possuímos o nosso intelecto desenvolvido. No entanto, um fenômeno curioso (e desastroso sob o ponto de vista da evolução das espécies!) tem sido bastante observado: temos buscado, de forma quase irracional e altamente instintiva, a satisfação imediata de nossos desejos. E este, obviamente, é um processo de “animalização”, onde o instinto passa a preponderar sobre o racional!
Tudo, hoje, é prazer JÁ. É satisfazer-ME. E o problema desta auto-satisfação é que, com ela, o “EU” fica exageradamente inflado, enquanto que o “NÓS” reduz-se praticamente ao zero.
Deste modo, somem as ‘causas comuns’ , desaparece o sentido de ‘fazer o bem ao outro, sem esperar qualquer retorno pessoal’. E, como conseqüência, ocorre a total falência do amor (que, em última análise, constitui-se exatamente em buscar o bem da pessoa amada, de forma desvinculada de interesses próprios, pessoais).
E note que esta não é uma questão apenas filosófica ou religiosa. Basta olharmos para o lado e veremos, já com grande proximidade de nós, as separações de casais (quantos conhecidos seus estão separados?), o excesso de bebida alcoólica (já não é o hábito de alguns de seus amigos e familiares?), as drogas (você duvida que elas estão presentes nas escolas de nossos filhos?), a miséria (já não se faz bem presente nas ruas das nossas cidades?), e até mesmo os casos mais violentos como os de filhos matando pais (Suzanne Von Richtofen) e pais matando filhos (Isabella de Oliveira Nardoni)!
Por outro lado, também podemos perceber que estamos rodeados de pessoas boas! Então, porque casos de tamanha desgraça têm ocorrido?
Certamente, uma das grandes causas (CLARO, HÁ MUITAS OUTRAS!) é a animalesca busca pelo prazer, pessoal e imediato: o chamado “hedonismo”!
E o antídoto para isso é um só: jogar o nosso “EU” na lata de lixo!
Quão próximos esses (indiscutivelmente sérios!) problemas terão que estar de nós, para que tomemos uma atitude nesse sentido?
Um bom caminho, sem dúvida, é fazer mais pelos outros e pensar menos em nós mesmos! Pois enquanto o nosso olhar estiver dirigido para os nossos próprios umbigos, continuaremos amargando tristezas, ansiedades, preocupações e desastres.
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