domingo, 24 de maio de 2009

Sobre SOHO

Tenho falado da questão do SOHO e da necessidade de que nossa legislação seja modificada para dar conta dessa nova forma de trabalho, que já é grande e a tendência é que deva crescer muito nos próximos anos.

Hoje, há duas matérias na Folha de São Paulo falando exatamente sobre isso. Apresento, abaixo, alguns trechos dessas matérias (quem quiser saber mais, está na Folha!).



Matéria 1. Trabalho remoto esbarra na ausência de regulamentação

De um lado, o profissional tem a vantagem de trabalhar em casa e regular seus próprios horários. Do outro, as empresas ganham agilidade e dependem cada vez menos dos grandes espaços comerciais. No meio, uma lacuna legislativa empurra esse modelo de trabalho para a informalidade.

Inevitável tendência no campo profissional graças ao rápido desenvolvimento tecnológico, o trabalho a distância -que teve início com o "home office", ou escritório em casa, e agora ganha espaço em cafés, aeroportos e até shoppings- tem na falta de regulamentação seu maior obstáculo atualmente.

"A burocratização trabalhista e a ausência de uma legislação específica engessam esse modelo, delimitando a forma de contratação", afirma o consultor de recursos humanos Fernando Montero da Costa.

"Como a burocracia atrapalha, deixar os funcionários trabalharem em suas casas exige uma relação de confiança entre a empresa e os colaboradores", salienta Cecília Pompeo, diretora-geral da NTR Brasil, que oferece ferramentas tecnológicas para trabalho remoto.

Um dos caminhos encontrados pelas empresas para evitar batalhas judiciais é formular contratos específicos, que delimitam direitos e deveres de quem trabalha remotamente.

Matéria 2. Melhor sozinho em casa

Marcelo Leme, 29, descobriu as vantagens de trabalhar em domicílio quando morou nos Estados Unidos. Hoje microempresário e prestador de serviços, Leme destaca que o segredo é ter "responsabilidade ao administrar prazos".

Exige-se agora que o colaborador seja gerente de si mesmo, e, ao gestor, cabe o desafio de mudar a forma com que supervisiona e motiva suas equipes.

O que importa atualmente é o resultado - e a agilidade com que ele é atingido -, destaca a socióloga Daniela Alves, especialista em mudanças sociotécnicas e trabalho.

Um comentário:

Anônimo disse...

Apenas para pensar:
Algumas empresas inclusive pagam o acesso à internet na residência do empregado, ou mesmo uma extensão da Intranet. Consideram que este tipo de dispêndio financeiro como se fosse "alugar" umpedaço da residência do empregado para a empresa.