sexta-feira, 1 de maio de 2009

Educação à Distância

Ontem, fiz uma palestra em videoconferência, mostrando na prática os enormes benefícios da Educação à Distância.

Na oportunidade, falei sobre o primitivismo de nossa educação atual, que ainda segue os moldes da RETÓRICA, com o professores despejando informação nos alunos (o que eu chamo de "professor caixa d'água"); e, os alunos, em uma assistência passiva.

Quatro séculos antes de Cristo, Sócrates estimulava o pensamento de seus alunos e pares, empregando a DIALÉTICA. O objetivo era, através do diálogo, buscar a verdade. Hoje, apesar do avanço tecnológico, as nossas escolas continuam no modelo do "giz e cuspe", que as próprias crianças questionam e não compreendem mais (pois, informação somente, elas podem acessar no computador, no celular,... em qualquer local e a qualquer tempo).

Ao chegar em casa, ontem mesmo, deparei-me com o seguinte (e excepcional!) texto, sobre assunto correlacionado. Veja:


Ensino não presencial – o desafio do século 21

A Rede Globo decide, com o prestígio que adquiriu, por bem ou por mal, mais, muito mais graças à sua extrema competência, e agora parece abraçar a idéia do EAD – Ensino a Distância, jóia!

Maior presente para o nosso povo, impossível.

Está mais do que na hora de entendermos que existe um mundo de diferenças entre os três graus clássicos do nosso ensino, sem contar com os demais. Precisamos de escolas orfanatos, restaurantes, abrigos, creches etc. para o primeiro grau. Nesse nível os professores são muito mais do que ensinadores de tabuadas, letras e algumas historinhas, eles educam, eles cuidam das crianças substituindo pais nem sempre conscientes de suas responsabilidades. No segundo grau os mestres enfrentam jovens em choque com seus hormônios, completamente confusos, ensaiando relações e procurando objetivos para suas vidas. A imaturidade é a marca de garotos que começam a falar grosso e garotas que se sentem mulheres. O fundamental é que ao concluírem o segundo grau estejam razoavelmente amadurecidos para enfrentarem as escolas de nível universitário. Não chegaram lá? Infelizmente nem todos nasceram para a conquista desse nível, outros enfrentarão responsabilidades que os afastarão das salas de aula. E que salas de aula...

Os deficientes sabem o pesadelo de freqüentar escolas convencionais...

Podemos e devemos perguntar, quantas faculdades, universidades, quantas escolas de nível superior realmente estarão preparadas formar bons profissionais? Seus alunos podem freqüentar suas aulas? Precisam trabalhar? Quanto tempo perdem em deslocamentos entre suas casas e as salas de aula? Quantos são assassinados, atropelados, mutilados indo e vindo para lições que nem sempre são necessárias? E as escolas ainda têm espaços para estacionamentos? Quanto gastam em energia mantendo salas, pátios, corredores, salões iluminados? Nossas cidades comportam o trânsito adicional desse povo que se desloca motorizado?

Fantasticamente as telecomunicações, os computadores, os conhecimentos em eletrônica, tecnologia dos materiais, lógica, informática e muitas outras coisas (principalmente os gênios e indústrias do primeiro mundo) estão viabilizando o ensino a distância. Tudo é possível sincronizadamente ou não. Não há a mínima necessidade de “salas virtuais”, não há por que obrigar alunos a se deslocarem para assistirem aulas ministradas de pólos distantes. Via CD, DVD, pendrives, downloads etc. pode-se ter a aula no PC ou no ebook e repeti-la quantas vezes for necessário, onde quer que se esteja. Provas? Podem ser feitas onde e como os alunos puderem pagar ou ganhar. Pode-se usar laboratório virtual, biblioteca virtual, visitas técnicas virtuais, museus virtuais, um mundo de coisas sem a presença física, a ser feita quando e como os alunos puderem realizar.

A escola vai ao aluno, não o aluno à escola. Professores? Os melhores do mundo para milhões de alunos. Apoio? Sim, ótimo se possível e necessário. Tutores, técnicos em informática, fabricantes de equipamentos ajustados ao que o aluno precisa. E as imensas escolas existentes? Que sejam grandes laboratórios, bibliotecas, museus, lugares de confraternização ou simplesmente moradia para quem não tem onde morar.

Temos gripe suína, CO2, engarrafamento de trânsito, atropelamentos, violência, escolas convencionais mal equipadas, elitização do ensino, professores apegados a livrinhos antigos e a suas queridas e encebadas apostilas, necessidade de trabalhar, de cuidar da própria vida.

Não compete a professores decidir sobre a vida de jovens, isso o mercado, os concursos, o mundo faz, ainda que as corporações continuem exigindo carimbos e diplomas. No terceiro milênio da era cristã, meio milênio após Gutenberg, alguns milênios após os hieróglifos, papiros e coisas dessa espécie, chegou a hora da liberdade com responsabilidade. O aluno universitário decide sobre sua vida e não a escola escolástica, a que a Terceira Onda pedia, a criadora de autômatos.

Parabéns à Rede Globo, viva o EAD.

Fonte: Cascaes- EAD INTELIGENTE.

Um comentário:

Anônimo disse...

Pois é Marcos,
EAD (Educação, ensino)
Problemas sociais
IAD (Instrução)?
Professor Google, é POS PhD
Linguagem simbólica mais em foco
vv =voces?
Já temos mestrado à distância há 1década.
Conteúdo? O tácito veicula-se pela internet que as pessoas libertam e não é avaliada.
Ctrlc+ctrlv=cópia.
Métodos arcaicos de avaliações de ensino
O ensino tradicional indo a falência?
Quanta reflexão não é mesmo?
Mas o EAD é o que falta. É a essência, o básico, o resto é tecnologia,interatividade.
Ou seja Educação=caráter, idoniedade,honestidade etc.
IAD= Instrução,memorização, conhecimento.
EAD + IAD= melhor ser humano
Um abraço
Cícero