segunda-feira, 9 de abril de 2007

Novo monopólio nas telecomunicações?

Após a queda do monopólio estatal das telecomunicações no Brasil ocorrida em agosto de 1995 e a privatização do setor iniciada em 1998, será que agora, cerca de 10 anos após, estamos caminhando para um monopólio privado?

Pois veja onde já está o grupo mexicano Telmex (leia-se Carlos Slim Helú, terceiro homem mais rico do planeta) no contexto das telecomunicações no Brasil:

1. Embratel: operação de telefonia a longa distância, possuindo uma extensa rede de cabos e fibras ópticas nas principais regiões metropolitanas e dominando o mercado de dados para grandes empresas. Já têm licença para operar WiMax.

2. Claro: terceira maior operadora de celular no Brasil, possuindo quase um quarto dos assinantes de celulares do país.

3. Vésper: opera telefonia fixa sem fio (WLL) em 17 estados brasileiros, com a marca "Livre".

4. StarOne: maior sistema de satélites da América Latina.

5. Net Serviços: maior operadora de TV a cabo do Brasil, a qual também comercializa telefonia IP (em parceria com a Embratel) e Internet em banda larga, com a marca "Vírtua". Hoje, é a maior empresa com serviços convergentes ("combo"), operando no país.

Adicionalmente, vem sendo comentado que Slim tem encaminhado negociações junto à Telecom Italia com vistas a comprar parte daquela companhia. Com isso, Slim abocanharia a operadora TIM (que, junto com a Claro, lhe daria praticamente a metade do mercado de celulares em operação no Brasil).

Mas, na realidade, é bem mais do que simplesmente isso: tendo em vista a atual possibilidade de convergência de inúmeros serviços através dos celulares, se Slim realmente adquirir a TIM, ninguém mais o segurará; em pouco tempo, literalmente dominará o mercado de telecom no Brasil. Esperem só para ver!

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